Matteos França, de 32 anos, filho da professora Soraya Tatiana, confessou à Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) que matou a mãe. Ele foi preso nesta sexta-feira (25/7). De acordo com a PCMG, até o momento, a investigação indica que ele agiu sozinho. A informação foi divulgada durante coletiva de imprensa realizada na mesma data.
A professora foi morta na sexta-feira (18/7), e o corpo foi encontrado no domingo (20/7), em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
“Todos os elementos apontam indícios cronológicos de que não poderia haver outra pessoa na residência durante a sexta-feira, antes de ele ter viajado”, afirmou a delegada Ana Paula Rodrigues de Oliveira.
Segundo a investigação, os fatos ocorreram na sexta-feira (18/7), entre 17h e 19h30. Matteos estava com a mãe no quarto quando teria começado uma discussão acalorada por causa de dívidas com casas de apostas (bets) e bancos. Em meio ao conflito, eles se levantaram e, em determinado momento, ele a enforcou. “A discussão se acalorou e, por algum motivo, ele a enforcou”, relatou a delegada Ana Paula Rodrigues de Oliveira.
Após o crime, Matteos colocou o corpo da mãe no porta-malas do carro dela e o abandonou sob um viaduto em Vespasiano.
Na sequência, Matteos viajou para a Serra do Cipó com amigos. Segundo a PCMG, a viagem já estava planejada há cerca de um mês. No entanto, ele retornou a Belo Horizonte na manhã de sábado (19/7), quando passou a procurar a mãe em hospitais, alegando que ela havia desaparecido.
A Polícia Civil também esclareceu que não há indícios de violência sexual. Matteos foi localizado na casa do pai e, no momento da prisão não resistiu. Aos policiais, disse estar arrependido, mas afirmou que não havia contado a ninguém sobre o crime.
Matteos está preso, mas a localização não foi divulgada por motivos de segurança pessoal e para resguardar as investigações. De acordo com o delegado Álvaro Homero Huertas dos Santos, a prisão poderá ser convertida em preventiva, com duração inicial de 30 dias, podendo ser prorrogada por mais 30, mesmo período que a PCMG tem para investigar o caso.
Responsável pela defesa do suspeito, o delegado Gabriel Arruda disse apenas que conversou brevemente com Matteos e ainda não teve acesso ao inquérito. “Quando tivermos todas as informações, vamos nos manifestar oficialmente”, afirmou.