Durante a missa de sétimo dia da professora Soraya Tatiana Bomfim França, realizada na noite desta sexta-feira (25/7), na Paróquia Nossa Senhora da Divina Providência, na região da Pampulha, um grupo de mães de alunos do 7º ano – turma para a qual Soraya lecionava – preparou uma homenagem à educadora. A cerimônia ocorreu horas após a prisão do principal suspeito do assassinato de Soraya, o próprio filho dela, Matteos França, de 32 anos.
Após a missa de sétimo dia da professora Soraya Tatiana Bomfim França, realizada na noite desta sexta-feira (25/7), na Paróquia Nossa Senhora da Divina Providência, na região da Pampulha, um grupo de mães de alunos do 7º ano – turma para a qual Soraya lecionava – preparou uma… pic.twitter.com/j28NUt36o6
Empresária e mãe de um dos estudantes, Andresa Castro, de 40 anos, foi uma das responsáveis pela organização da despedida. Segundo ela, cerca de 100 mães de alunos do Colégio Santa Marcelina se mobilizaram para entregar flores e santinhos em memória da professora. “Preparamos margaridas, que eram as flores preferidas dela, e fizemos santinhos com muito carinho. Era uma forma de tentar levar um pouco de conforto à família, mesmo sabendo que, pela dor, eles não conseguiram comparecer”, relatou Andresa.
Ela destacou o carinho especial que Soraya tinha pelos alunos e pelo ambiente escolar. “Ela era mais do que uma professora, era uma conselheira, uma inspiração. Vibrava com a gente a cada nota dos meninos. Inclusive, deu aulas particulares para o meu filho. Era uma educadora completa, maravilhosa”, disse, emocionada.
Ao falar da dor da perda, Andresa lembrou que também perdeu a mãe de forma violenta e se solidarizou com os familiares de Soraya. “Infelizmente, eu sei o que é essa dor. Deus me colocou ali para tentar ajudar, para acolher”, diz.
Prisão do filho
Na tarde desta sexta-feira (25/7), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu temporariamente Matteos França. A prisão ocorreu na casa do pai dele e foi motivada por contradições no depoimento do suspeito, além de imagens de câmeras de segurança que mostram o carro da vítima trafegando em trajetos incompatíveis com a versão apresentada inicialmente.
Conforme a Polícia Civil, Matteos confessou o crime, afirmando que o assassinato ocorreu após uma discussão intensa motivada por dívidas com jogos de aposta online e empréstimos consignados. O caso segue em investigação.
Responsável pela defesa do suspeito, o advogado Gabriel Arruda disse apenas que conversou brevemente com Matteos e ainda não teve acesso ao inquérito. “Quando tivermos todas as informações, vamos nos manifestar oficialmente”, afirmou.