A Justiça de Minas Gerais converteu para preventiva a prisão de Matteos França, de 32 anos, que confessou ter matado a mãe, a professora Soraya Tatiana, de 56 anos. A audiência de custódia foi realizada na tarde deste domingo (27/7), e a decisão é assinada pela juíza Juliana Beretta Kirche. O crime foi cometido na sexta-feira (18/7), e o corpo foi encontrado no domingo (20/7) em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os detalhes do documento ainda não foram disponibilizados.

De acordo com o delegado Álvaro Homero Huertas dos Santos, no dia do crime, o filho e a mãe tiveram uma discussão acalorada por questões financeiras. O homem estaria com muitas dívidas de jogo e teria feito vários empréstimos consignados, o que o teria deixado “atordoado”. Tudo isso, segundo Matteos, o levou a um colapso. “Ele alega que teve um surto e que, durante as discussões, os dois se levantaram em direção ao outro, e ele acabou enforcando a mãe”, relatou Santos. O valor da dívida ainda não foi divulgado. A PCMG também esclareceu que não há indícios de violência sexual.

Matteos ainda relatou para a polícia que matou Soraya Tatiana e, posteriormente, levou o corpo para um lugar ermo, transportando-o no porta-malas do próprio carro dela. O suspeito ainda afirmou que agiu sozinho. Conforme a delegada Ana Paula Rodrigues de Oliveira, todos os elementos apontam indícios cronológicos de que não poderia ter havido outra pessoa na residência durante a sexta-feira.

Após cometer o crime, Matteos viajou para  Serra do Cipó. De acordo com a PCMG, a viagem já estava planejada há cerca de um mês. No entanto, ele voltou no sábado de manhã para Belo Horizonte, dia em que percorreu hospitais supostamente procurando pela mãe.

Conforme a PCMG, o homem não resistiu à prisão e informou estar arrependido. Ele estava na casa do pai e afirma que não havia contado para ninguém sobre o crime.

Quem é Matteos? 

Matteos França é formado em relações públicas em uma universidade particular de Belo Horizonte, sendo que o filho da professora de história se apresenta como analista de marketing e social media em uma rede social.

Ele ocupava o cargo de assessor de comunicação estratégica da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDS), do governo de Minas, onde atuava desde 2021, mas foi exonerado após o crime.