A construção de um centro de saúde na rua Jardim do Vale, entre as ruas Sylvia Menicucci e Glória nas Alturas, na região do Barreiro, foi discutida em audiência pública da Comissão de Saúde e Saneamento nesta quarta-feira (13/8). O debate foi solicitado pelo vereador Irlan Melo (Republicanos), que destacou a necessidade “com urgência” de uma nova unidade de saúde na região.
Segundo o parlamentar, a atual unidade realiza cerca de 500 atendimentos por dia e já não comporta a demanda. A previsão de novas moradias do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) deve ampliar ainda mais a procura. “Esse pedido não é apenas meu, nem dessa Comissão de Saúde; é um clamor de toda a comunidade, dos líderes comunitários que estão hoje aqui, da Comissão Local de Saúde e das gerências de Saúde do Barreiro”, afirmou.
A diretora de Habitação e Regularização da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), Andrea Scalon, informou que já há contrato firmado com o governo federal, por meio da Caixa Econômica, para a construção de 150 unidades habitacionais na região. A expectativa é que o empreendimento seja liberado entre o fim de agosto e o início de setembro.
Ela explicou ainda que as moradias não ocuparão todo o terreno público, abrindo possibilidade de destinar parte da área para o centro de saúde. A área disponível é de cerca de 4 mil m², mas a implantação dependeria de análise de viabilidade.
Irlan Melo adiantou que, na próxima reunião da Comissão de Saúde e Saneamento, será votado um requerimento pedindo a cessão do terreno para a construção da unidade solicitada pela comunidade.
Demanda crescente
De acordo com Walberto Francisco, secretário do Conselho Local de Saúde do Centro de Saúde Santa Cecília, 80% dos 14 mil usuários da unidade são classificados como de alto risco. Ele alertou que o aumento populacional previsto para a região deve pressionar ainda mais os atendimentos, reforçando a urgência de um novo equipamento.
A líder comunitária Juventina Maria de Souza, da Comissão Municipal de Acompanhamento e Fiscalização da Execução do Orçamento Participativo (Comforça), acrescentou que a nova unidade traria benefícios tanto para os pacientes quanto para os trabalhadores da saúde.
Já Michele de Matos Moreno, representante do Núcleo de Parceria Público-Privada (PPP) da Prefeitura de Belo Horizonte, afirmou que o contrato atual prevê a construção ou reforma de 69 unidades de saúde na capital. A unidade reivindicada pelo Barreiro ainda não está no escopo da PPP, mas pode ser incluída após avaliação técnica.
*Com informações da Câmara Municipal de BH