A Prefeitura de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, disse que não identificou indícios de negligência ou imperícia no atendimento médico prestado a Nicolas Gabriel Brito Figueiredo, de 6 anos. O garoto morreu após receber alta na UPA Sede, no centro da cidade, nessa quarta-feira (27/8).
Em boletim de ocorrência, a mãe do menino, de 25 anos, relatou aos policiais militares que o médico que atendeu a criança teria sido flagrado por ela "deitado no ar condicionado", dentro do consultório da UPA. Nicolas Gabriel desmaiou logo após receber alta da unidade de pronto atendimento e morreu.
Segundo relato da mãe à Polícia Militar, após receber injeções de benzetacil, dipirona, soro e glicose, e duas horas de observação, ela procurou o médico novamente. Foi então que, ao entrar no consultório, ela teria encontrado o profissional que avaliou o filho, de 38 anos, "deitado com o ar condicionado ligado".
Na ocasião, o médico ligou para a equipe e recomendou que a mãe voltasse à sala de medicação, onde Nicolas aguardava. Instantes depois, o homem teria avaliado o menino novamente, ainda conforme a PM, informando em seguida que se tratava de uma "virose", concedendo a alta às 11h48.
Por meio de nota, a Prefeitura de Santa Luzia “lamentou profundamente o falecimento do aluno Nicolas Gabriel Brito Figueiredo, de 6 anos, ocorrido na tarde desta quarta-feira (27/08), após atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sede”. “Manifestamos nossa solidariedade e consternação diante dessa perda irreparável, unindo-nos à dor de familiares, amigos e da comunidade escolar. De acordo com o relatório médico, Nicolas deu entrada na unidade apresentando dor de garganta, febre e episódios de vômito. Foi avaliado, medicado, permaneceu em observação por aproximadamente duas horas e, após melhora clínica, recebeu alta com orientações médicas. Poucos minutos após deixar a unidade, apresentou mal-estar súbito e foi reconduzido em estado grave, sendo submetido a manobra de ressuscitação cardiopulmonar, infelizmente sem sucesso”, explica a prefeitura.
A nota aponta ainda que a Secretaria Municipal de Saúde determinou a apuração minuciosa do caso, incluindo a análise detalhada dos prontuários e dos protocolos adotados, a fim de esclarecer as circunstâncias do ocorrido. “Ressaltamos que não foram identificados indícios de negligência ou imperícia no atendimento prestado pela equipe médica. A administração municipal reforça seu compromisso com a transparência, com a ética e, acima de tudo, com a vida. Todas as medidas necessárias para elucidar plenamente os fatos serão adotadas, em respeito à memória de Nicolas e à sua família”, prometeu.