O advogado da dona do salão onde uma esteticista de 41 anos, conhecida como “Mãe do bumbum”, aplicava silicone industrial nas nádegas de mulheres e colocava a pele com cola forte, disse que a cliente dele é inocente.
De acordo com Mário Freitas Chaves, a dona do salão, de 34 anos, apenas alugava um espaço no salão para a esteticista, que mora no Rio de Janeiro, segundo ele, e vinha três vezes por mês ao salão, em Contagem, na região metropolitana, para fazer os procedimentos.
“Ela não cometeu esse ato ilícito. Ela é simplesmente a dona do salão. Ela alugava esse salão para vários profissionais da área da beleza, cabeleireiro. Ela fazia bronzeamento artificial e caiu no erro de alugar parte do salão para a Amanda. Viviane não sabia que esse ato da Amanda era ilícito”, disse o advogado.
Ainda de acordo com o advogado, a dona do salão já fez o procedimento com Amanda e achava que era um ato lícito. “Ela não teve nenhum tipo de complicação”, comentou.
“Nos autos do inquérito consta que Amanda comprava os produtos sem a Viviane saber que produto era esse. Amanda fazia tudo sem a Viviane ver”, afirmou.
O advogado disse ter entrado com com pedido de revogação da prisão preventiva da dona do salão. Ele adiantou que vai entrar também com habeas-corpus com pedido de liminar.
Uma representante farmacêutica de 34 anos que ficou com as nádegas deformadas depois de fazer três aplicações, contou à reportagem que a dona do salão foi quem indicou os serviços da esteticista. Disse que já era cliente do salão e que a proprietária do espaço garantiu que o produto era compatível com o organismo e não teria nenhum tipo de problema.
O advogado disse que é natural a dona de um salão indicar cabeleireiro, manicure e uma esteticista. Segundo ele, o salão funciona em uma casa de dois andares e ela locava espaços para ajudar a pagar o aluguel que é caro. “Ela não indica uma pessoa para cometer um ato ilícito. Ela não é responsável”, afirmou o advogado, ressaltando que a cliente dele somente fazia bronzeamento artificial e sobrancelhas.