Diante do caso de um homem, procurado pela polícia por roubo e furto, e que está há mais de 20 horas no topo de um poste de luz para tentar escapar da prisão em Itabira, na região Central de Minas, o Corpo de Bombeiros informou que está estudando estratégias para uma retirada segura do indivíduo.

"Estamos pensando nesse tipo de coisa, em estratégias para tentar amortecer uma queda se for o caso de 'ah, vamos tentar retirar ele', ou caso ele escorregue. Mas a princípio ele não quer se jogar. Só quer os direitos dele, mas para garantir a segurança dele estamos pensando em estratégias", declarou o cabo Arcanjo, do Corpo de Bombeiros.

Segundo ele, seis militares estão se revezando no local para garantir a segurança do homem. A corporação também dá apoio nas negociações. "Auxiliamos na forma que podemos, com familiares, advogados, Direitos Humanos, que têm um trato melhor e conseguem comover ele mais", completou. 

O caso

De acordo com o tenente Lessa, da Polícia Militar, os militares foram para a rua Miguel Ferreira de Sá por volta das 16h30 para cumprir um mandado de prisão. Porém, ao avistar a corporação, o homem, de 38 anos, escalou um poste de luz e começou a jogar telhas nas viaturas.

Nesse momento, a polícia fez o isolamento do local e acionou apoios, incluindo o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), o Corpo de Bombeiros e a Cemig, que efetuou o desligamento da energia elétrica na região para garantir a segurança do homem. 

O homem ficou no poste durante o fim da tarde e noite de sexta, além da madrugada, manhã e tarde deste sábado (5). Ele exigiu falar com o juiz, mas foi orientado por uma equipe composta por advogados, um representante comunitário e profissionais de Direitos Humanos de que aquilo não seria possível.

Durante a manhã, a Cemig informou que 380 clientes estão sem energia na área. Lessa explicou que a empresa iniciou o religamento da eletricidade em ruas que não estão diretamente relacionadas ao caso.

Sobre as negociações, o militar explicou que o cumprimento do mandado contra o homem é de responsabilidade da PM. Todavia, como o homem não está armado, o comando é dos Bombeiros. "Nós apoiamos, mas não é necessário acionar os negociadores do Batalhão de Operações Especiais (Bope) a princípio", afirmou.

Ainda segundo a PM, o indivíduo possui diversos inquéritos abertos por crimes de roubo, furto, dano, apropriação indébita, entre outros.