Em meio à quarentena

Após festa e som alto, empresário é preso no bairro Belvedere, em BH

Homem de 37 anos foi detido por desacato, perturbação do sossego e encaminhado à delegacia na madrugada deste domingo (3)

Por Bruno Mateus
Publicado em 03 de maio de 2020 | 19:13
 
 
 
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Desacato a autoridade, resistência à prisão e perturbação do sossego alheio. Esses foram os motivos da prisão de um empresário que fazia uma festa na cobertura em seu apartamento, em um edifício localizado na avenida Desembargador Jorge Fontana, no bairro Belvedere, região Centro-Sul de Belo Horizonte. O homem, de 37 anos, foi detido na madrugada deste domingo (3) após ignorar os contatos dos vizinhos, que acionaram a Polícia Militar por volta de 1h após o morador se negar a abaixar o volume do som.

Como também não conseguiram contato com ele, os militares procuraram o síndico, que liberou a entrada dos policiais. Na festa, segundo informações da PM, havia cinco pessoas. Nesse caso, não há como caracterizar a reunião como festa com aglomeração, o que desobedeceria as normas impostas pela Prefeitura de Belo Horizonte nesse período de combate à pandemia do novo coronavírus. 

De acordo com o Boletim de Ocorrência, o empresário, que apresentava sinais de embriaguez e fala desconexa, não quis se identificar e resistiu a abordagem, “se debatendo e gritando que não seria preso de forma jocosa que não era obrigado a nada, que iria aumentar o som novamente e que a polícia não estava autorizada a exigir identificação. E que ele iria entrar para a casa e fechar a porta". Ele teve de ser imobilizado e só depois concordou em ser conduzido pela guarnição à delegacia.

“Vários vizinhos chamaram a polícia. Ele estava com som alto. O que aconteceu foi uma perturbação de sossego, e ele também desacatou os policiais com agressões verbais, resistiu à prisão. Ele estava fora de si, por isso houve a necessidade de condução”, afirma o Major Flávio Santiago. “Essa é uma ocorrência típica de perturbação de sossego e desacato”, completa. 

O empresário foi levado pelos militares para a Central de Flagrantes no Barreiro. Segundo a Polícia Civil, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelo crime de desobediência, considerado de menor potencial ofensivo. O empresário foi liberado por volta de 9h e assinou o termo em que se compromete a comparecer à Justiça para prestar depoimento.

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