A Polícia MIlitar de Minas Gerais seuge nas operações de cerco e bloqueio na tentativa de localizar os suspeitos que participaram do assalto a um banco em Itajubá na noite de quarta-feira (22). Sem dar detalhes dos locais de onde as operações são feitas, fontes oficiais da corporação já citaram as cidades de Brazópolis, Maria da Fé, São Lourenço, Santa Rita do Sapucaí, Estiva e até Extrema como locais de buscas ou de carros encontrados.

Levando em consideração as localidades citadas pelas autoridades, a área de bucas abrange, aproximadamente, 6.200 km²  em território mineiro.

Segundo a porta-voz da Polícia Militar mineira, major Layla Brunnela, detalhar especificamente onde estão sendo as buscas poderia deixar os policiais ainda mais expostos, e por isso há poucas informações sobre o trabalho.

"Quando falamos da operação cerco e bloqueio, a extensão é grande não tem como mensurar a quantidade de moradores atingidos. Não há proibição de circulação, ela é livre, o que a gente pede é evitar o sair em excesso, sair de casa sem precisar. E se forem abordados, terem comportamento compatível com a abordagem, acatar as ordens. Temos um número grande de policiais nas abordagens, mas não é um impacto negativo, a circulação de pessoas permanece", explicou.

Em Itajubá e nas cidades aos arredores, a operação de cerco e bloqueio permanece, principalmente nas zonas rurais e em estradas vicinais, onde os criminosos responsáveis pela ação poderiam estar. 

Ainda de acordo com a porta-voz da PMMG, as operações de cerco e bloqueio também são feitas pelas polícias vizinhas, como a de São Paulo e Rio de Janeiro - para onde os criminosos também podem ter fugido após o assalto.

Visita do governador

Nesta sexta-feira, dois dias após o início dos ataques em Itajubá, o governador Romeu Zema (Novo), esteve na cidade para acompanhar as investigações sobre o ataque a uma agência da Caixa Econômica Federal.

Em entrevista, Zema reconheceu que há o que avançar na segurança em Minas Gerais.

Na ação realizada em Itajubá,cinco pessoas ficaram feridas, entre elas: quatro policiais militares e um estudante de engenharia de controle e automação, que passava no local no momento do tiroteio entre PM e criminosos.

O crime tem características similares ao Novo Cangaço — quando uma quadrilha fortemente armada invade uma cidade pequena para roubar dinheiro de bancos.