Em determinação publicada nesta quarta-feira (22), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou uma Ação Civil Pública contra a Vale para que a mineradora seja obrigada pela Justiça mineira a adotar medidas de proteção ao patrimônio cultural localizado na zona atingida pela inundação em caso de ruptura da barragem Sul Superior, em Barão de Cocais, na região Central de Minas.
Na ação, o MP pede, dentre outras coisas, que a mineradora faça o mapeamento de todo o patrimônio cultural da área de inundação e informe a possibilidade da população evacuada voltar para suas casas. Além disso, exige que ela faça um levantamento das qualificações dos proprietários dos bens culturais e realize os registros documentais de todos os patrimônios protegidos.
O órgão pede ainda que se faça o registro digital da Igreja de Nossa Senhora Mãe Augusta do Socorro, conhecida por Capela do Socorro, que resgate as indumentárias vinculadas às festividades de Mãe Augusta do Socorro e realize um plano resgate do acervo integrado e das portas e janelas da Capela do Socorro.
O MP exige também que a mineradora realize um plano de resgate do acervo móvel e integrado da Igreja Matriz de São João Batista, em Barão Cocais, da Igreja Nossa Senhora da Conceição, no distrito de Barra Feliz, em Santa Bárbara, e da Igreja do Rosário, em São Gonçalo do Rio Abaixo.
A reportagem entrou em contato com a mineradora para saber se as medidas serão atendidas e aguarda retorno.