O reassentamento das comunidades de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, em Mariana, na região Central de Minas, deve ser concluído “até o final do ano que vem”, segundo o presidente da Fundação Renova, Roberto Waack. O prazo estipulado pela Justiça para a entrega da reconstrução é agosto de 2020.
“A gente tem a ideia de concluir, até o terceiro trimestre do ano que vem, Bento (Rodrigues); Paracatu, ao final do ano, e Gesteira ainda está em aberto. Como Gesteira é menor, é possível que ela se encaixe dentro desse cronograma, mas eu ainda não tenho como garantir, porque ainda há discussões em curso”, afirmou Waack, em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (22) sobre o balanço das ações da Fundação Renova desde o rompimento, que completa quatro anos em novembro. A tragédia, ocorrida em 5 de novembro de 2015, matou 19 pessoas e devastou a bacia do rio Doce.
Segundo ele, até o momento, a Fundação Renova desembolsou R$ 6,68 bilhões nas ações de reparação e compensação em Minas Gerais e no Espírito Santo, principalmente nas indenizações. Cerca de 319 mil pessoas foram indenizadas até agosto, mas Waack reconhece que dezenas de milhares de pessoas ainda precisam ser indenizadas.
Outra frente trabalhada é a água. De acordo com Waack, o Rio Doce é o mais monitorado no país, e a água voltou ao nível de antes do rompimento. Ele diz ainda que o processo de manejo do rejeito está consolidado.