Militares do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais que atuaram em Brumadinho estão em missão em Beira, cidade de Moçambique, um dos países africanos arrasados pela passagem de um ciclone Idai, que deixou, até agora, 598 mortos. Nesta terça-feira (2), os militares montaram um acampamento que tem capacidade para receber mais de 3 mil pessoas. O trabalho foi realizado em apoio ao Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) e contou com a parceria da Força Nacional Brasileira (FNB).
Para esta quarta (3), está prevista a desobstrução de estradas destruídas fechadas pela força do ciclone.
Ao todo, 20 militares dos bombeiros acompanhados de 20 agentes da FNB estão no país africano desde essa segunda (1º) para auxiliar na ajuda às vítimas do ciclone. A tropa foi recebida pelo Coronel de Artilharia Moisés da Paixão Júnior, do Exército Brasileiro, e pelo Ministro Embaixador, Carlos Alfonso Iglesias Puente.
Os bombeiros e a Força Nacional também levaram até o país mais de 20 toneladas de suprimentos e equipamentos.
Número de mortos sobe em Moçambique
Autoridades de Moçambique anunciaram, nesta terça-feira (2), que o número de mortes mortes provocadas pelo Ciclone Idai e as cheias que se seguiram no centro do país chegam a 598.
O novo balanço foi divulgado pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) e acrescenta 80 mortes ao relatório divulgado ontem.
O número de famílias afetadas pelo desastre também subiu para 195.287, assim como o número de pessoas atingidas: de 843.729 para 967.014, segundo dados do boletim do INGC. Em relação ao número de feridos, foram mantidos os 1.641 divulgados no balanço anterior.
Na semana passada, o governo anunciou o fim das operações de salvamento e resgate. O foco agora é a ajuda humanitária. Atualmente, mais de 32 mil famílias recebem assistência do governo e de organizações nacionais e internacionais. (Com Agência Brasil)
Nos 136 abrigos em funcionamento estão acomodadas 131.136 pessoas e o número daqueles que são considerados vulneráveis é de 7.422, o que inclui os que perderam as casas, precisam de alimentos ou de algum tipo de assistência.
As autoridades atualizaram também o número de casas totalmente destruídas, que chega a 62.153 (59.910 no último balanço), parcialmente destruídas (34.139, 33.925 segundo os dados anteriores) e 15.784 inundadas, sendo que a maioria é formada por habitações de construção precária.