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Bombeiros vão retomar buscas pelos desaparecidos em Brumadinho no dia 27

As buscas foram paralisadas, no último dia 21 de março, em função da pandemia pelo novo coronavírus (Covid-19)

Por Natália Oliveira
Publicado em 10 de agosto de 2020 | 12:04
 
 
 
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O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG) irá retomar, no próximo dia 27 de agosto, as buscas pelas onze pessoas que continuam desaparecidas após o rompimento da barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte em janeiro do ano passado. As buscas foram paralisadas, no último dia 21 de março, em função da pandemia pelo novo coronavírus (Covid-19). 

"Após várias tratativas com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e demais órgãos envolvidos, o CBMMG teve aprovado o protocolo que regulamenta a retomada da atividade de busca em Brumadinho para militares, resguardando práticas de proteção adequadas ao enfrentamento da disseminação da Covid-19", informaram os bombeiros por nota. 

Um efetivo de 60 militares irá retomar as buscas. Um série de protocolos de segurança foram estabelecidos como, por exemplo, bombeiros que são do grupo de risco não devem atuar; militares que apresentarem qualquer sintoma de Covid-19 devem avisar o comando, obrigatoriedade de uso de equipamentos de proteção individual, aferição de temperatura e higienização correta.  

Natália Oliveira, de 48 anos, irmã de Lecilda Oliveira, que está desaparecida, diz que, desde a paralisação do trabalho, é como se o relógio tivesse parado de funcionar, e o coração dos familiares, também. “Foi um período muito difícil, cada dia de sol desperdiçado, sem ninguém procurando. Estamos felizes pelo retorno, mas preocupados com o período de chuva que está por vir”, disse.

Por meio de nota, a Vale informou que está apo ioando os bombeiros na retomada das buscas. "Foram realizadas, por exemplo, a melhoria dos acessos e a drenagem das áreas impactadas, medidas previamente alinhadas e acordadas com o Corpo de Bombeiros. A Base Bravo, que abriga os oficiais que atuam nas buscas, está recebendo melhorias e ajustes para adequação às medidas de prevenção e combate ao Covid-19, em acordo com os protocolos em aprovação pelo Comitê Extraordinário Covid-19", escreveu por nota. 

A empresa informou ainda que 1,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos foram removidos e estão sendo colocados na na cava da mina Córrego do Feijão, conforme autorização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e anuência da Agência Nacional de Mineração (ANM). Só depois que os bombeiros liberarem, o rejeito sera dispoto. 

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