Mesmo com a garantia da Prefeitura de Belo Horizonte de cadastrar todos os interessados em vender bebidas e adereços no Carnaval de 2024, muitas pessoas preferiram passar a noite no entorno do Colégio Marconi, na região Centro-Sul, no segundo dia de inscrição, nesta quarta-feira (17).

"A prefeitura pode falar o que for, mas eu vou garantir o meu. Só saio daqui com minha credencial, não quero nem saber", afirma a auxiliar de produção, Glaiane Silva, 34. Ela, acompanhada de amigas e parentes, chegou ao local às 21h da noite anterior, e mesmo com a expansão do horário de atendimento, até as 22h, não conseguiu fazer o cadastro.

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O primeiro dia de cadastramento foi marcado por tumulto e reclamação por parte dos candidatos a ambulantes. Para minimizar as chances de confusão, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) decidiu distribuir duas mil pulseiras aos interessados. Este número é a capacidade de atendimento diário que a prefeitura alega ter. Apesar disso, a administração pública promete que todos serão atendidos.

"Vai ser a primeira vez que vou trabalhar, preciso de dinheiro, então, tô disposta a esperar o que for. A gente trouxe água, papelão para dormir e animação", disse. O grupo dela até levou uma caixa de som, que ficou ligada com alto volume, para dar ânimo no percurso.

A PBH estima que 17 mil pessoas estejam habilitadas para trabalhar na folia em 2024. O número é maior que o do Carnaval de 2023, quando cerca de 16 mil pessoas trabalharam. A produtora cultural, Isabela Giovanna, 25, é uma das novatas. Ela não quis correr o risco de ficar sem a credencial e por isso, passou a noite no passeio.

"As pessoas disseram que acaba muito rápido, então eu preferi vir e garantir a minha. Teve gente vendendo lugar na fila, alugando criança pequena para ter acesso a prioridade, então, o negócio é garantir o meu", alega.