Uma dor contínua na garganta pode ser um alerta de possível câncer de laringe. A doença que acomete, segundo o Ministério da Saúde, homens idosos, em sua maioria, requer cuidado e, principalmente, a rápida procura pelo médico para diagnóstico e tratamento. Isso faz com que as sequelas sejam reduzidas.
Em Belo Horizonte, pacientes do Hospital Alberto Cavalcanti passam a receber laringes eletrônicas gratuitas. O equipamento entregue de forma gratuita é a esperança para que eles voltem a se comunicar pela fala. Visando prevenir a doença, tomar alguns cuidados é essencial.
“Os fatores de risco do câncer de laringe são os usos do cigarro e do álcool. Logo, a forma de prevenção são as campanhas anti etilismo e tabagismo. Mesmo as pessoas que não fumam, mas convivem com fumantes, têm chances maiores de desenvolver o câncer de laringe. Sendo assim, o fumante aumenta o risco dos entes queridos”, diz Guilherme de Souza Silva, coordenador do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Alberto Cavalcanti.
Os sintomas de um possível câncer das cordas vocais são explicitados por Silva. “Qualquer alteração na voz por mais de duas semanas, dor ou dificuldade de engolir é preciso a pessoa procurar atendimento médico. Isso é importante para que seja feita avaliação e o paciente encaminhado ao profissional para tratar a doença”.
O diagnóstico rápido das lesões ajudam na cura do câncer de laringe. “Conseguimos prever a cura em mais de 90% dos casos. Os pacientes podem ser tratados com cirurgia e radioterapia, sem remoção total das cordas vocais e prejuízo mínimo na voz”, destacou.
Os sintomas estão diretamente ligados à localização da lesão. Assim, a dor de garganta, principalmente durante a deglutição, sugere tumor supraglótico, e rouquidão indica tumor glótico ou subglótico.
O câncer supraglótico geralmente é acompanhado de outros sinais, como alteração na qualidade da voz, disfagia leve (dificuldade de engolir) e sensação de "caroço" na garganta. Nas lesões avançadas das cordas vocais, além da rouquidão, podem ocorrer dor na garganta, disfagia mais acentuada e dispneia (dificuldade para respirar ou falta de ar).
Fonte: Ministério da Saúde