Uma operação realizada nesta quarta-feira (21), no Sul de Minas e em Belo Horizonte, apurou a sonegação fiscal de R$ 60 milhões em comércio de papel praticado entre empresas distribuidores, varejistas, gráficas e editoras. Apelidada de "Casa de Papel", a operação buscava cumprir seis mandados de busca e apreensão em estabelecimentos do Estado. As diligências envolveram Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Polícia Civil e a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF), órgãos que integram o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA).
As investigações, de acordo com o MPMG, apuram o envolvimento de uma grande distribuidora mineira com filial no estado de São Paulo e quatro gráficas/editoras, situadas em Belo Horizonte e em Pouso Alegre, no Sul de Minas, suspeitas de fraudar o Fisco Estadual por meio da venda de papel.
Segundo apurado, o papel adquirido pelas gráficas e editoras não é efetivamente utilizado para impressão de jornais, livros e periódicos, incidindo nas operações o ICMS sonegado ao Estado de Minas Gerais.
Segundo MP, estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juízo da Vara de Inquéritos Policiais da Comarca de Belo Horizonte, nos estabelecimentos matriz e filial de uma distribuidora de papeis, além de quatro gráficas/editoras.
Participam da operação uma delegada de Polícia, 18 agentes da Polícia Civil, dois promotores de Justiça e 30 servidores da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais. Até a publicação desta reportagem, o Ministério Público ainda não tinha informações sobre o balanço da operação.