Julgamento

Caso Backer: funcionários são ouvidos no segundo dia de interrogatório dos réus

As audiências iniciaram nessa terça-feira (28 de novembro), na 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte

Por Juliana Siqueira
Publicado em 29 de novembro de 2023 | 19:09
 
 
 
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Três funcionários da Backer foram ouvidos, nesta quarta-feira (29 de novembro), no segundo dia de interrogatório dos réus. As audiências iniciaram nessa terça-feira (28 de novembro), na 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, no Fórum Lafayette.

O primeiro a ser ouvido foi Ramon Silva. Ele era estudante de engenharia química e ingressou na empresa como estagiário em 2020, passando a integrar a equipe de controle de qualidade. O segundo interrogado foi o mestre cervejeiro Christian Freire. Também foi ouvido o supervisor de produção Adenilson Freitas. A imprensa não pôde acompanhar o interrogatório. O teor dos depoimentos não foi divulgado.

Nessa terça-feira (28) foram ouvidos os sócios da empresa. Os três negaram conhecimento sobre processos de produção das cervejas. O interrogatório dos réus está previsto para terminar nesta quinta-feira (30 de novembro).

Relembre

O caso começou a ser investigado em 2020. Os depoimentos das testemunhas de acusação foram colhidos em maio do ano passado, e os das testemunhas de defesa em março deste ano.

As apurações confirmaram que as substâncias monoetilenoglicol e dietilenoglicol atingiram litros de cerveja ainda em processo de fermentação. 

Segundo a investigação, vazamentos em equipamentos e o uso de substâncias tóxicas que não deveriam ser empregadas causaram a contaminação de diversos lotes de diferentes tipos de cerveja produzidos pela empresa.

A primeira testemunha a ser ouvida no julgamento do caso Backer, em maio do ano passado, foi um engenheiro agrônomo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), cujo nome não foi divulgado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

O profissional destacou os passos percorridos desde que ocorreu a contaminação da cerveja da marca. De acordo com a testemunha, assim que foi identificado que a cerveja era o elemento comum entre os casos de pessoas intoxicadas, o órgão compareceu ao supermercado para determinar o recolhimento das bebidas.

Já quando houve a primeira morte, destacou ele, foi determinada a suspensão da comercialização da cerveja. Os produtos, então, foram investigados para identificação das causas da contaminação.

 

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