O contrato que garante a segurança eletrônica nos postos de saúde de Belo Horizonte – principal mecanismo para coibir a ação de criminosos nas unidades – terminou neste mês. A informação foi dada nessa quinta-feira (18) pelo secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, dois dias depois de o Centro de Saúde Waldomiro Lobo, no bairro Madre Gertrudes, na região Oeste da capital, ser depredado e ter uma televisão levada durante a madrugada.

A licitação para escolher a empresa que vai assumir o serviço ainda está em andamento, mas a possibilidade de que os postos fiquem sem monitoramento preocupa quem trabalha nas unidades.

“A empresa já não estava atendendo a necessidade. O que a gente precisa é que a prefeitura reveja o sistema de segurança”, diz Ilma Alexandrino, vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel).

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o contrato que chegou ao fim previa a operação do sistema de alarme instalado nos 151 centros de saúde espalhados pelas nove regionais da cidade. O órgão não confirmou se as câmeras de vigilância também estão incluídas no contrato.

A secretaria informou que, embora a prestação de serviço tenha chegado ao fim, a empresa ainda deve fazer a manutenção dos alarmes por mais 90 dias. No entanto, não foi divulgado prazo para conclusão da licitação.

Relembre. O sistema eletrônico de segurança provocou polêmica em maio de 2016, logo que foi implementado nos postos de Saúde em substituição aos vigilantes que atuavam nas unidades. 

Os servidores foram contra a mudança. “Acho que a violência piorou, principalmente no horário noturno, e isso provoca insegurança e medo em funcionários e usuários”, diz Ilma. Nessa quinta-feira (18), o prefeito Alexandre Kalil (PHS) voltou a afirmar que não voltará a colocar vigias nos centros de saúde. “Não vou trocar médico por soldado em porta de posto de saúde”, disse.