A reportagem de O TEMPO tenta contato com Hudson Nunes de Freitas, por meio de seu advogado, desde que foi anunciado que ele não seria indiciado pela Polícia Civil, para mais uma entrevista, além das que ele já concedeu ao jornal nos últimos dias.

Pouco antes das 13h, o jovem de 22 anos deu entrevista ao vivo para o MGTV 1ª Edição, da Rede Globo. No telejornal, ele disse que trabalhou muito, nas últimas duas semanas, para provar sua inocência, ficando de 7h às 21h no escritório de seu advogado.

"Além de provar minha inocência, eu tive que matar um leão por dia. Não teve um momento de descanso, não teve um momento de sossego", disse ele, que não chorou na entrevista, mas estava com a voz embargada.

Sobre a decisão da polícia de não indiciá-lo, ele disse: "Graças a Deus a gente conseguiu concluir essa história toda." Mais tarde, acrescentou: "Só concretizou o que sempre falei, nunca escondi meu rosto, sempre mostrei meu rosto, a gente nunca se escondeu de nada".

Perguntado sobre como se sentiu logo que as acusações vieram à tona, ele disse: "Foi um choque. Jamais pensei que um dia eu seria acusado por algum crime, e o pior de todos, este, né? Uma situação bem complicada e delicada. Eu, minha família e meus amigos ficamos em estado de choque. Até agora minha ficha não caiu que isso aconteceu comigo. Mas sempre tive a consciência tranquila." 

Perguntado sobre o que diria aos pais que o denunciaram, Hudson disse: "Aos pais que me denunciaram eu até entendo o lado deles, porque foi uma situação desesperadora, mas a gente, antes de acusar uma pessoa, precisa ter provas concretas sobre isso. Não adianta sair fazendo escândalos, acsando alguém sem ter provas".

Ele também comentou o apoio que recebeu na porta da escola, na semana passada, com presença de pais e alunos do colégio Magnum: "Os próprios pais dos alunos me defenderam. Gostaria de novo de agradecer ao dr. Fabiano Lopes e o dr. Marciano Andrade, que, além de ser meus advogados, são pais de alunos e foram como os pais para mim, que eu nunca tive".

Sobre o que fará daqui por diante e como vai conseguir retomar a vida, ele disse: "A consciência tranquila eu sempre tive, mas a gente ficava com medo de ser acusado injustamente. Penso em retomar minha vida, da forma como sempre foi, saindo às 7h e voltar às 23h. A gente vai colocar os pingos nos is, vai se acertar".