Com cerca de 3.000 habitantes, a cidade de Jaguaraçu, na região do Rio Doce, em Minas Gerais, teve sua tranquilidade abalada por um assassinato na madrugada dessa segunda-feira (26). Um comerciante, de 53 anos, foi morto com 17 facadas durante um assalto. A mulher dele, de 38, e a filha, de 16, foram detidas por suspeitas de coautoria no crime. Três homens que teriam participado do assalto fugiram.
"A cidade é muito tranquila normalmente, é um caso atípico, a comunidade está estarrecida, ainda mais porque era uma pessoa conhecida", conta o sargento William Uzai.
Segundo a Polícia Militar (PM), os suspeitos invadiram a residência da família, que fica no centro da cidade, por volta da 1h. Eles pegaram três facas da casa da vítima e passaram a ameaçar o homem, que foi abordado enquanto estava no quarto. Um dos suspeitos o levou até a mercearia, que fica no térreo da casa. Lá, foi concretizado o roubo de uma caixa registradora - com valor desconhecido. O assaltante teria exigido, ainda, que o homem abrisse um cofre, que fica no local. A vítima se recusou e entrou em luta corporal com o homem, sendo golpeada 17 vezes. Posteriormente, militares abriram o cofre e localizaram um revólver calibre 38 com 14 munições intactas. Não havia dinheiro.
Câmeras desligadas
Ainda de acordo com a PM, há indicativos de que os homens teriam contado com a ajuda das mulheres para entrarem no imóvel, uma vez que, na conversa com os militares, elas entraram em contradição. Além disso, as câmeras de segurança do comércio, que sempre funcionam, teriam sido desligadas cerca de meia hora antes dos suspeitos chegarem. As duas negaram participação do crime. Segundo a PM, a mulher confessou somente que traía o marido, enquanto a filha tem envolvimento com drogas. Levadas à Delegacia de Timóteo para prestarem depoimento, a mulher foi presa, e a menor, apreendida.
Além da caixa registradora, os suspeitos levaram objetos de valor, como um gravador de DVD. A arma do crime, bem como outras duas facas, foram apreendidas no local.
Investigações
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que segue a linha de investigação de latrocínio e que detalhes estão sendo apurados. A corporação informou que não poderia passar mais informação para não atrapalhar na busca dos suspeitos.