Em isolamento

Coronavírus derruba em 80% movimento do Dia das Mães na rodoviária de BH

Expectativa é que pouco mais de 16 mil pessoas passem pelo terminal; em 2019, de 7 a 11 de maio, houve um registro de mais de 130 mil passageiros

Por Thaís Mota
Publicado em 09 de maio de 2020 | 16:10
 
 
 
normal

O Dia das Mães movimentou um pouco mais a rodoviária de Belo Horizonte, na comparação com os finais de semana normais. No entanto, segundo a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) a expectativa de movimento em relação a anos anteriores é muito menor.  Em 2019, mais de 130 mil pessoas passaram pelo terminal no mesmo período, entre passageiros chegando e partindo da capital mineira. Já este ano, afetado pela pandemia do coronavírus, a expectativa da Codemge é de que passe pela rodoviária entre os dia 7 e 11 de maio, pouco mais de 16 mil pessoas - uma redução de quase 80% no volume de passageiros. 

Isso porque, em função da pandemia do novo coronavírus, houve redução no número de viagens diárias partindo e chegando ao terminal. Estão previstas 130 partidas diárias com cerca 1.640 passageiros embarcando por dia até 11 de maio. Já em relação aos desembarques, a expectativa é de que 124 ônibus por dia cheguem ao terminal durante o período, com 1.569 passageiros desembarcando diariamente.

Segundo a Codemge, como “impacto do distanciamento social devido à pandemia do coronavírus (Covid-19), a rodoviária de BH opera com redução de 81% no número de suas partidas programadas e de 83% para as chegadas. Quanto à movimentação de passageiros, o terminal registra, atualmente, redução de 90% no número de embarques e de 91% de desembarques, comparado com a média de um dia normal”.

A auxiliar de serviços gerais Ludmila Pacífico dos Reis, 27, aproveitou a data para ver a mãe em João Monlevade, na região central de Minas Gerais. Ela conta que costumava ir com mais frequência visitar a família mas, desde que a pandemia começou, não foi mais e decidiu ir em uma data especial. “Eu ia muito, mas já tem bem tempo que não vou porque agora fica difícil viajar, pois tenho criança pequena”, concluiu. 

Ela conta ainda que, dessa vez, os filhos foram antes e ela precisou esperar até sábado por conta do trabalho. Ao chegar à rodoviária, ainda precisou esperar por mais de duas horas porque houve redução no quadro de horários dos ônibus. “Tá muito difícil. Cheguei aqui 12h e vou pegar só 14h30. Geralmente, tem ônibus quase de hora em hora, mas agora não mais”.

Já o mecânico montador Loidmar Sales, 37, veio de ônibus de Itabirito para Belo Horizonte para então tentar outro ônibus até Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, onde mora a mãe. Mas, chegando à capital mineira, ele só encontrou passagem para 15h, o que inviabilizaria sua viagem. “Pra  chegar na minha cidade por volta de 21h de hoje e  voltar amanhã, porque eu trabalho lá em Itabirito, fica difícil. Aí não tem como”. Diante do empecilho, ele então decidiu voltar para Itabirito em um ônibus com partida prevista para 17h.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!