O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), rebateu hoje nas redes sociais as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a pandemia do coronavírus. Ontem, em discurso em cadeia nacional de rádio e televisão, o presidente comparou a doença a uma "gripezinha" e falou que as medidas de restrição e fechamento de comércios impostas por prefeituras e governos estaduais são exageradas.
No vídeo, Kalil ainda questionou se algum médico ou cientista orientou Bolsonaro a fazer o pronunciamento. "O nome desse especialista seria muito importante, porque foi pauta da campanha do presidente da República que eram homens técnicos no seu lugar. E na primeira vez que apareceu um homem técnico dando instruções técnicas (o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta), ele foi desmoralizado pelo presidente", enfatizou.
Para o chefe do Executivo municipal, o discurso do presidente serve para desconstruir o que eles, "humildes prefeitos e governadores", estão "fazendo nesse país".
Kalil ainda lembrou a população sobre a importância de manter o isolamento social e, assim, evitar o avanço do coronavírus e um eventual colapso na saúde pública. "Fique em casa; se tiver muita gente morta, não vamos ter dinheiro nem para enterrar. Não é uma gripezinha, gente, está matando só na Espanha e Itália quase 1.500 pessoas por dia. Peço que tenham a compreensão de tudo o que foi feito, porque vamos ter responsabilidade de ajudar ao máximo aqueles que estão seguindo", argumenta.
Aniversário
O prefeito da capital, que comemora hoje 61 anos, terminou a transmissão agradecendo as mensagens de felicitações. "O meu grande presente seria que meu filho, que está enfiado num hospital e só sai amanhã, volte para casa seguro. Fique em casa, proteja essa gente brava que está na rua. Vamos sair disso, a economia vai se resolver, como sempre se revolveu", finaliza.