Cidade que concentra o maior número de casos em Minas Gerais – com 90 dos 133 registros positivos no Estado –, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou nesta quarta-feira, em vídeo nas redes sociais, que 7.000 respiradores serão adquiridos para a capital. Apesar do número de equipamentos, considerados essenciais para tratar casos graves, o chefe do Executivo municipal disse que a quantidade é pequena.
"Hoje, temos a capacidade de colocar simultaneamente 7.000 pessoas nos respiradores, o que é uma boa notícia, usando uma técnica americana. Já testamos, combinamos, está tudo certo, é essa a nossa capacidade hoje, o que é pouco, muito pouco", enfatiza.
Conforme Kalil, ainda já estão montados 70 leitos de CTI e 130 enfermarias no antigo hospital Hilton Rocha - hoje Instituto Horizonte -, no bairro Mangabeiras, na região Centro-Sul da capital, para atender a demanda de novos casos. "Fomos a primeira cidade a impor o fechamento (de comércios e serviços, exceto os essenciais) e as benesses do adiamento de imposto (municipal)", lembra.
Aquisição de EPIs
Já em falta nas principais unidades de saúde da capital, Kalil contou que ontem foram adquiridos novos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os profissionais que atuam na rede municipal. "Ontem adquirimos 250 mil máscaras e 60 mil luvas. Isso dá enquanto não tiver um pandemônio, que é esa pandemia, pode trazer para a nossa cidade. Estamos supridos e atentos", afirma.
Outra novidade é que a prefeitura recebeu uma doação de 12,5 mil litros de álcool líquido para ser usado na prevenção do avanço da doença nos hospitais públicos. "Não distribui para os mais pobres porque é muito perigoso. Será mandado para a Secretaria de Saúde proteger os nossos profissionais", explica.
Por fim, o prefeito elogiou o anúncio, pelo governador Romeu Zema (Novo), da criação de um hospital de campanha no Expominas, no bairro Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte. Na última semana, os políticos chegaram a trocar farpas nas redes sociais. "Já deixei claro que não tenho nada contra ninguém e é hora de todo mundo dar a mão. Estamos aqui para ajudar e, se precisar, vamos atrás de ajuda", argumentou.
Para Kalil, a preocupação agora deve ser com o interior do Estado. "Se não for atendido, essa massa humana que é a população de Minas Gerais vai cair na região metropolitana, o que vai causar o caos", finalizou.