Medo

Coronavírus faz academias registrarem queda no movimento

Estabelecimentos não pretendem fechar na capital, mas adotam medidas para evitar a propagação da doença

Por Lucas Morais
Publicado em 17 de março de 2020 | 12:36
 
 
 
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Apesar da pandemia de coronavírus e a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar locais fechados, as academias de Belo Horizonte seguem em funcionamento normal. Em Estados como Rio de Janeiro e Distrito Federal, os governos já determinaram o fechamento dos estabelecimentos até março como medida para diminuir a propagação da doença.

De acordo com o Sindicato dos Estabelecimentos de Natação, Ginástica, Recreação e Cultural Física de Minas Gerais (Senagic), a recomendação é para não fechar as unidades. E mesmo com a medida, locais ouvidos pelo jornal O TEMPO registraram uma redução no movimento nos últimos dias.

Proprietário de uma academia no Centro da capital, Fernando Bianchi, 42, conta que só ontem houve uma queda de 20% no número de alunos. “A nossa preocupação é criar as melhores condições de segurança para alunos que querem continuar a frequentar o espaço, como a diminuição no número de pessoas nas turmas”, diz.

Em outro estabelecimento no bairro Floresta, região Leste, as turmas da manhã registraram esvaziamento mais acentuado. “A maioria é de idosos. Estamos falando para as pessoas com gripe não virem à academia e tem álcool em gel por toda parte. Além disso, aumentamos a frequência e a esterilização dos equipamentos”, relata uma funcionária.

No bairro Boa Viagem, região Centro-Sul, uma unidade vai realizar hoje uma reunião para definir as medidas que serão tomadas. Desde a semana passada, a movimentação caiu mais de 30% e o espaço aumentou a disponibilização de álcool em gel. 

Estímulo em redes socias

Já uma rede de academias iniciou uma campanha nas redes sociais estimulando a ida dos alunos, mesmo com o aumento de casos de coronavírus. “Vem treinar! Atividade física é a forma mais eficaz de fortalecimento do sistema imunológico”, recomenda. A empresa, que não se pronunciou sobre o texto, alega ainda que “todas as portas estão abertas para que as pessoas não precisem pegar na maçaneta” e a equipe foi instruída a evitar contato pessoal.

Grupos de risco não devem comparecer

Conforme a OMS, os grupos de risco do coronavírus, como pessoas com mais de 60 anos, gestantes e quem possui doenças crônicas, não devem comparecer em locais de aglomeração, como as academias. 

É o caso da jornalista Maristela Bretas, 58, que cancelou as aulas com um personal trainer em um estabelecimento da capital por conta do aumento de casos. “Sou asmática, estou trabalhando remoto em casa. Coincidentemente, tive uma crise mesmo sem estar doente, só pela ansiedade”, afirma.

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