Centro de BH

Coronavírus: Mercado Central reabre nesta segunda-feira (18) com restrições

Lotação é limitada a 370 clientes; bares, restaurantes, salões de beleza e lojas de artesanato seguem fechados

Por Rômulo Almeida
Publicado em 18 de maio de 2020 | 10:36
 
 
 
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Atividades não essenciais voltaram a funcionar, nesta segunda-feira (18), no Mercado Central de Belo Horizonte. Bares, restaurantes, salões de beleza e lojas de artesanato seguem fechados. O horário de funcionamento durante essa fase de reabertura é de segunda-feira a sábado, das 8h às 17h (era das 7h às 18h). Aos domingos, o espaço ficará fechado.

O mercado, além de centro comercial, é um dos principais pontos turísticos de Belo Horizonte, mas o superintendente do mercadão, Luiz Carlos Braga, orienta a população a ir ao local apenas para compras necessárias. “Este é um momento de pensar no outro. Então, as pessoas que estão na capital para conhecer o mercado virem aqui só para passear… este não é o melhor momento. A gente espera que o cliente venha aqui só para comprar”, recomenda.

Números

A lotação do mercado está limitada a 370 clientes simultaneamente neste período de restrição. O acesso é controlado por meio de um cartão magnético entregue aos clientes na entrada e recolhido na saída. Às 9h, havia 250 pessoas fazendo compras no interior do mercado, de acordo com a direção. Álcool em gel e máscaras também estão sendo disponibilizados nas portarias.

Antes da pandemia, o Mercado Central atendia, em média, 31 mil pessoas por dia. A direção do centro comercial ainda não tem um balanço da quantidade de clientes atendidos por dia durante o período de restrição. “É tudo muito novo”, diz o superintendente.

Quatro das oito entradas do Mercado Central estão funcionando: a da avenida Amazonas; a da rua Santa Catarina; a da esquina da rua Curitiba com a avenida Augusto de Lima; e a do estacionamento. 

Expectativa dos vendedores.

Funcionários das lojas do mercado que estavam em casa desde o fim de março aguardavam na porta ainda o início da manhã. É o caso de Denise Silva, de 51 anos, vendedora em uma loja especializada em fatiadores. “A expectativa é boa – não só para nós, trabalhadores, mas para os clientes. Tomara que o pessoal siga as recomendações direitinho para voltar tudo ao normal”, diz.

Pelos corredores do mercado, o clima ainda é de incerteza por parte dos comerciantes. Luiz Henrique Silveira, 55, dono de uma loja de artigos domésticos, voltou a trabalhar hoje na espera por clientes. “Por enquanto, está parado. Não estou esperando muita coisa, não, porque a população deve estar meio receosa de sair, mas, se tudo ocorrer bem, vamos ver se a população vem com os cuidados”, diz.

Gabriela Cristina, 36, dona de uma loja de panos de prato, também conta com o comportamento da população para a retomada total das vendas. “A expectativa é que os clientes venham, para ter renda, para ter giro, e venham conscientes, com máscara, se cuidando, para não prejudicar a gente, que está trabalhando”, diz.

Clientes

Os clientes, que fazem parte da história do mercado, aproveitaram para ir às compras. “Eu preciso comprar material para meu trabalho, então acho que foi uma medida boa. Vamos contar com a colaboração das pessoas para continuar aberto”, diz Néia Durães, 57, autônoma.

Aqueles que acompanham o crescimento do mercado há várias décadas relatam a atual experiência. “O mercado é a tradição do povo, e acho que estava faltando a abertura. Não poderia ter fechado, mas, com esse problema que estamos vivendo, infelizmente, temos que passar por isso”, lamenta Antônio Araújo, 67.

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