Tristeza

Corpo de menino de 2 anos desaparecido em Juatuba é encontrado em lagoa

Eduardo Ferreira de Oliveira, Dudu, desapareceu na manhã de quarta-feira (12) após sair pelo portão entreaberto de casa, em um bairro de Juatuba

Por Lara Alves e Carolina Caetano
Publicado em 14 de fevereiro de 2020 | 07:26
 
 
 
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Um morador de Juatuba, na região metropolitana de Belo Horizonte, encontrou na manhã desta sexta-feira (14) o corpinho do menino Eduardo Ferreira de Oliveira em uma lagoa. O garoto, um bebê de apenas 2 anos e 3 meses que atendia pelo apelido "Dudu", desapareceu das imediações de sua casa no bairro Maria Vila Regina, também em Juatuba, na manhã de quarta-feira (12). A primeira análise da perícia não encontrou sinais de violência no corpo do menino.

Por volta das 8h20, o rabecão chegou ao local para recolher o corpo de Dudu, que será encaminhado ao posto do IML de Betim. 

A lagoa em que a vítima foi encontrada fica próxima à casa da família do garotinho. De acordo com o Corpo de Bombeiros, buscas foram realizadas em todo o perímetro provável por equipes que se dividiram em mergulho, vistorias em casas, cisternas e região da mata. Ainda não é possível afirmar que a causa da morte foi afogamento.

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Eduardo brincava com seu cachorrinho no quintal de casa na manhã do desaparecimento, quando passou pela porta entreaberta que separa a residência da rua e não mais foi visto. Ao lado dos militares do Corpo de Bombeiros, moradores da região participaram das buscas pelo menino nas áreas próximas à casa: mata, lagoas e caminho até um ponto de ônibus – onde ele poderia ter ido. Além das buscas por terra, mergulhadores procuraram, nessa quinta-feira (13), pelo garotinho nas lagoas que existem nas imediações. 

Veja imagens da movimentação no local na manhã desta sexta-feira (14):

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Como aconteceu

Minutos separam a imagem contente de Eduardo brincando com sua cachorrinha do retrato do quintal sem o menino e o portão entreaberto. Ainda na manhã de quarta-feira, Claudia saiu para o trabalho e, sem poder deixar o menino com a sogra, que precisou ir ao médico, o deixou com a irmã de 16 anos.

A adolescente, então, levou a criança consigo até um laboratório para exames e retornou para casa pouco tempo depois. "Ela chegou, deixou ele lá dentro de casa e ele abriu a porta da cozinha e veio brincar aqui no quintal. Ele tem esse costume de brincar aqui na frente, na grama, ele e o cachorrinho. Não demorou uns minutos, ela olhou e não deu conta dele", conta a mãe dos dois. 

Como contou Cláudia, a casa é rodeada por cercas e o portão que a separa da rua permanece preso por um arame. Ela não sabe como Eduardo conseguiu abrir o portão. "Ele sempre brinca de pedrinha aqui na grama, juntava aqui. Nós amarramos o portão. Minha menina amarrou forte (nessa quarta-feira), eu não sei como ele conseguiu abrir". 

Ao perceber o desaparecimento do irmão, a adolescente ligou para os bombeiros e para a Polícia Militar. Alguns minutos depois, a mãe chegou do serviço. "Eu já estava vindo do trabalho, não sabia o que estava acontecendo. Minha menina começou a gritar por mim, eu me desesperei. Nem entrei em casa, já comecei a procurar". Com o apoio dos moradores do bairro, a mãe o buscou por toda a região, principalmente em pontos onde o menino podia ter passado. "Ele costumava subir, ficava beirando a esquina que tem ali, mas ele nunca tinha sumido, de jeito nenhum".

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