Covid em BH: 1ª semana do ano tem 21% mais atendimentos do que o pico de 2021

Nesta primeira semana de 2022, com a alta de casos de gripe somada aos casos de Covid-19 em Belo Horizonte, a cidade bateu o recorde de atendimentos a casos suspeitos de infecção pelo coronavírus. Nos primeiros sete dias do ano, BH teve 21% mais atendimentos do que no pico de 2021. Em sete dias, foram 26.792 atendimentos, segundo boletim da prefeitura divulgado nesta sexta-feira (7). O recorde anterior, registrado em março de 2021, era de 22.140.

Mesmo com menos leitos de UTI e de enfermaria disponíveis atualmente, porém, a ocupação dos hospitais da cidade é menor, atualmente, do que em março do último ano, quando os três principais indicadores da pandemia na cidade, inclusive o índice de transmissão do vírus, estavam no vermelho. Atualmente, apenas a ocupação das enfermarias para Covid-19 está no nível máximo de alerta, com 72,2% de ocupação. 

Profissionais da saúde que atuam no atendimento primário na capital, nos centros de saúde, relatam exaustão e veem uma “terceira onda” da pandemia, com o aumento de atendimentos a pacientes com quadros gripais relativamente mais leves. O secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, projeta que janeiro pode ter uma nova onda da pandemia, causada pela variante ômicron, porém aposta que os casos graves e mortes não subirão na mesma medida das novas infecções.

Os atendimentos a casos suspeitos de Covid-19 pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em BH, por exemplo, estão bem abaixo do que foi registrado no pico de 2021: 55 nesta semana, contra 1.236 naquela época. 

Em BH, a prefeitura precisou abrir 95 leitos nos últimos três dias. Por ora, o secretário municipal da Saúde, Jackson Machado, diz não haver indícios de saturação do sistema ou cenário para novas restrições às atividades na capital.