As crianças que foram mortas pela mãe em um motel de Itabira, na região Central de Minas Gerais, na noite deste domingo, foram asfixiadas de acordo com laudo de necrópsia feito pela Polícia Civil. Já a mãe morreu por enforcamento.A mulher de 34 anos cometeu o duplo homicídio e depois se matou. Para a polícia motivação e autoria dos crime estão esclarecidas, mãe matou as filhas e tirou a própria vida por causa de desavenças com o pai das crianças e a família dele. 

De acordo com as conclusões do laudo, Maria Fernanda Marques Teixeira Batista, de 4 anos, e Anna Sofia Marques Teixeira, de apenas 9 meses, foram asfixiadas, provavelmente, por objetos macios pressionados no rosto das pequena, já que não há marcas de esganadura e nem de outros objetos no pescoço das crianças. Porém, ainda não se sabe qual objeto utilizado. A mãe Ana Flávia Marques Teixeira, morreu enforcada. Ela foi encontrada pendurada em um suporte para toalhas.

No quarto onde ocorreu o crime, a polícia também encontrou uma seringa, sem agulha e no carro da mulher um vidro de Clonazepam oral, medicamento utilizado como calmante. Segundo a Polícia Civil, o delegado responsável pelo caso, Juliano Alencar, da Delegacia de Homicídios de Itabira, pediu um exame toxicológico das mães e das meninas.

Ana Flávia pediu aos funcionários do motel para chamarem ela em um determinado horário, como ela não atendeu, os funcionários chamaram a Polícia Militar que usou a chave reserva para entrar na suíte onde ela estava com as filhas.

Dentro do quarto do hotel a mulher deixou um bilhete de despedida dizendo: “Meu ex-marido acabou com a minha vida e com a vida das minhas filhas”. Ela ainda  anotou o telefone do pai. A mulher também gravou um áudio dizendo que tinha sido ameaçada pela família do pai das crianças.

No áudio ela deixa claro que a motivação do crime seria a desavença com os familiares.  Ela já tinha registrado boletim de ocorrência por difamação contra a sogra e a cunhada. Ana Flávia tinha medida protetiva restringindo acesso a sogra.

A mulher tinha sumido com a criança desde dezembro passado. Em entrevista a O TEMPO, o pai da crianças contou que foi proibido de ver as filhas e que não chegou nem mesmo a conhecer a mais nova.