A mulher do jornalista da Super 91,7 FM Hércules Santos, que morreu por complicações decorrentes de um quadro de pneumonia na madrugada desta quinta-feira (3), conversou com o jornal O TEMPO sobre o marido. Daniela Cristina Dias dos Santos exaltou as qualidades do narrador, descrito por ela como alguém "amoroso, companheiro e amigo".
"Pai amoroso, um coração enorme, dedicado. Um marido maravilhoso, um amigo, um companheiro. Ele sempre me colocou pra frente, sempre me preparou para a vida, para tudo. Ele é tão bom que até para esse momento ele estava me preparando", comentou Daniela.
De acordo com ela, Hércules "sempre brincou que não passaria dos 45 anos". "E dizia que, se ele morresse, era para eu arrumar um cara bom. Ele falava: 'Você não vai arrumar um cara vagabundo, não, se eu morrer, pega um cara legal para você'. Ele sempre me preparou, essa semana toda ele falou disso. Eu amo meu marido pra sempre", disse.
Ela comentou ainda como era o comportamento de Hércules em casa. "Vou falar a verdade. É o ranzinza mais bacana do mundo. Ô cara ranzinza, mas até a 'ranzizisse' dele eu gostava", afirmou.
Parceiros também na música
Além de dividir a casa e a criação dos dois filhos, Bernardo, de 3 anos, e Ulisses, de 1, Daniela e Hércules dividiam também o palco. Os dois até montaram uma banda, batizada de Plug.
"A gente estava começando, e demos um tempo porque resolvemos ter dois filhos. E agora a gente estava retomando os trabalhos, começamos a ensaiar. Um companheiro na música muito dedicado, muito animado, roqueiro nato, 'bluseiro' nato e apaixonado com música. A gente vai sentir muita falta dele", falou.
Entrevista concedida a Rogério Maurício
Relembre os últimos gols narrados por Hércules Santos na rádio Super 91,7 FM.
O diretor executivo da Sempre Editora, Heron Guimarães, lamentou a perda de Hércules Santos, a quem descreveu como um grande profissional.
"Neste dia tão triste, mas tão triste mesmo, gostaria de reforçar o profissional que Hércules Santos foi. Conheci o Hércules há menos de dois anos, mas já o acompanhava nas rádios Globo e CBN. Quando o contratamos, festejamos muito por tê-lo aqui, na rádio Super. Fica o legado de respeito, profissionalismo e ética deixado por ele. Foi uma pessoa muito especial. É o que temos a dizer, em nome da Sempre Editora, dos jornais O TEMPO e Super Notícia, da rádio Super e de nosso portal O Tempo. Perdemos uma pessoa muito especial”, escreveu.