O retorno dos 'boleiros' de fim de semana já representou um sinal de esperança para Sérgio Campos Viana, 50, que é proprietário de uma quadra de futebol no bairro Castelo, na região da Pampulha. Durante a pandemia, o espaço que também conta playground e era alugado para festas de crianças teve de ser fechado e o prejuízo foi certo. A retomada após seis meses de fechamento tem sido feita aos poucos e com cuidado.
“Voltamos só com a bola. A escolinha de futebol que a gente tem aqui na quadra ainda não voltou e nem sei quando vai voltar. Eu fazia festa sábado e domingo, aniversário de crianças. Usávamos o campo para isso. Mas por enquanto não tem previsão também”, explicou Sérgio Campos.

Para o retorno das atividades foi implantado no local um rito de prevenção contra o coronavírus. Na entrada do espaço, todos os jogadores passam pelo processo de aferição de temperatura e a quadra também oferece álcool em gel a quem não tiver. O gerente de projetos Moreno Santos, 38, aprovou o retorno. Ele acredita que o futebol de fim de semana é um ambiente importante para encontrar os amigos e socializar.

“O futebol é um lugar social, ver os amigos, fazer um gol e errar alguns. O distanciamento social deixou a gente a gente muito em casa. É bom ficar com a família, mas a gente precisa extravasar um pouco”, explica.

Nesta semana, a Secretaria de Estado de Saúde também recomendou que as pessoas que fossem jogar futebol também o fizessem de máscara. Prática Santos diz que seguiria, se fosse obrigatória, mas com dificuldades. 

“Pra mim seria impossível. A incapacidade respiratória aumenta muito e ia acabar atrapalhando, mas se fosse obrigatório eu usaria a máscara, pra gente brincar um pouco em quadra”, disse.