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Entregador do iFood que enfrentou alagamento em BH recebe 3 ofertas de emprego

Wesley Muniz disse que mesmo se conseguir o trabalho fixo, que é um dos seus maiores objetivos, vai continuar fazendo renda extra entregando comida

Por Gabriel Moraes
Publicado em 31 de janeiro de 2020 | 19:17
 
 
 
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Após sua foto enfrentando a enchente na avenida Prudente de Morais, na região Centro-Sul de Belo Horizonte correr o mundo desde a última terça-feira (28), Wesley Francisco Muniz, de 27 anos, já recebeu três ofertas de emprego fixo, como era o seu sonho.

Em entrevista ao programa Patrulha da Cidade, da rádio Super Notícia 91,7 FM na noite desta sexta-feira (31), o jovem contou que desde o ano passado tenta conseguir trabalho de carteira assinada. "Eu tenho muita vontade de ter um emprego fixo. Desde o ano passado eu venho enviando vários currículos, até 15 por semana, mas por causa da falta de vagas, fica difícil, relatou.

Em três dias, três empresas já procurarm o entregador de comida oferecendo emprego. "Um homem do Posto Vip me pediu para eu mandar o currículo para ele. Outra pessoa que entrou em contato comigo foi da Via Superlog, na parte de distribuição. Nesse eu já marquei a visita para a próxima segunda-feira (3). E também tem uma moça que pediu para eu mandar currículo, para a Distribuidora Souza Pinto", contou.

Wesley, que é casado e tem um filho de 4 anos, disse que trabalha como entregador desde o início de 2019, e também faz serviços para o apilcativo Rappi. "Eu trabalho uma média de 10 a 12 horas por dia, e consigo tirar R$ 500 de lucro por semana. Mas se eu conseguir mesmo o emprego, eu vou continuar fazendo bico como entregador, para tirar um dinheiro extra", concluiu.

A foto

No momento em que foi fotografado pelo repórter fotográfico de O TEMPO Alexandre Mota, Wesley estava buscando uma pizza em um restaurante. "Eu recebi um pedido para buscar uma pizza na Prudente. Nesse momento, já estava chovendo bastante. Pedi para deixar a moto no posto de gasolina para tentar ir a pé. Quando eu comecei a atravessar a avenida, eu percebi que o volume de água creceu muito", afirmou.

"Aí quando eu voltei, em menos de um minuto, a enchente já tinha tomado conta de todo o posto. Fui até a minha moto, peguei um pedaço de cano e fui empurrando ela e passando o cano na água, para ver se não tinha nada na frente", conclui.

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