Após mais de quatro meses de interdição dos 22 elevadores sociais do prédio Minas, o governo estadual prometeu contratar, ainda nesta semana, a empresa responsável pela correção dos problemas. A posição foi divulgada nesta terça-feira (2 de março), após vir a público um relatório técnico de engenharia sigiloso que indicou “colapso dos pilares metálicos decorrentes de vícios construtivos”.
Em nota, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG) informa que os serviços incluem o reforço dos pilares de sustentação dos contrapesos dos elevadores. No entanto, não foi apresentada previsão de quando os equipamentos devem voltar a funcionar. A situação resultou no esvaziamento do prédio Minas. Alguns servidores foram autorizados a trabalhar de casa, enquanto outros foram transferidos para o prédio Gerais.
O relatório técnico também indicou que prédio Gerais, edifício de 14 andares que está com os elevadores em pleno funcionamento, também precisa de “reforço estrutural, pois o método de execução foi idêntico ao executado no prédio Minas”.
O governo de Minas garante que os elevadores dos dois edifícios vão receber “reforços dos pilares metálicos". No caso do prédio Gerais, "o objetivo é evitar qualquer comprometimento futuro no funcionamento, embora não haja risco nesse momento”.
“Não são apontados problemas na estrutura predial, sendo destacado que a falha detectada “não afeta a integridade, nem estabilidade nem a solidez da estrutura do Prédio Minas”. No caso do Prédio Gerais, o documento constata que não há colapso estrutural e que é necessário o reforço apontado como prevenção a ocorrências futuras”, garante o governo.
Falhas nos elevadores
As falhas nos elevadores do Prédio Minas foram detectadas em novembro de 2023, durante a rotina de manutenção. Como medida de segurança, todos os elevadores sociais do prédio foram interditados, e os privativos foram disponibilizados para uso comum.
“Os elevadores sociais do prédio Gerais, assim como os elevadores privativos, não oferecem risco nesse momento, mas a intervenção será necessária para que não haja preocupações futuras”, afirma a intendente da Cidade Administrativa, Marilene Bretas Campos.
Perícia e laudo
Para identificar a causa dos problemas, a Seplag-MG contratou uma empresa especializada para realizar uma perícia técnica. O laudo, concluído em março de 2024, apontou que os pilares metálicos dos contrapesos dos elevadores não foram chumbados conforme o projeto, resultando em um espaço vazio entre a viga de concreto armado e as chapas de fixação dos pilares, provocando um efeito "pino".
Correções
A empresa contratada, segundo o Governo de Minas Gerais, será responsável por reforçar os pilares metálicos dos contrapesos dos elevadores dos Prédios Minas e Gerais. O Estado garante que a intervenção não afetará a estrutura dos prédios e terá como objetivo garantir a segurança dos usuários.
“O prazo estendido, em razão da necessidade de diagnóstico aprofundado e dos procedimentos que são obrigatórios na administração pública, teve como objetivo buscar a solução mais segura para os problemas constatados”, alega o governo de Minas.