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Explosão de dengue deixa cidades em emergência: veja o que foi notícia em MG

Apresentamos informações sobre os principais acontecimentos envolvendo o Estado nesta semana

Por O TEMPO
Publicado em 24 de fevereiro de 2024 | 05:00
 
 
 
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A semana em Minas Gerais entre os dias 18 e 24 de fevereiro chega ao fim neste sábado. Ao longo dos últimos sete dias, o Estado viu a epidemia de dengue se agravar ainda mais. Passa de 80 o número de cidades que decretaram situação de emergência devido à doença.

O Estado recebeu uma ferramenta importante para lidar com a doença: quase 80 mil doses da vacina Qdenga. Contudo, devido ao estoque limitado, o imunizante não está disponível para todos. Apenas 22 cidades mineiras receberam as vacinas.

Veja, a seguir, notícias dos últimos sete dias para se manter atualizado sobre Minas Gerais:

Mais de 80 cidades em emergência

Mais de 80 cidades mineiras estão em situação de emergência devido à alta demanda de casos de dengue, chikungunya e zika no sistema de saúde pública. O decreto facilita a adoção de medidas administrativas e assistenciais necessárias para conter o aumento de casos da doença.

Conforme o painel de monitoramento da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), até o momento, 32 mortes foram notificadas e 99.035 casos confirmados pela doença no estado. Outros 166 óbitos e 286.002 casos estão em investigação. Os números ultrapassam os registrados há pelo menos 13 anos, conforme divulgado pela pasta.

Vacina chega, mas é estratégia para o futuro

Minas Gerais recebeu, do Ministério da Saúde, a primeira remessa de vacinas Qdenga, com 78.790 doses, destinadas à imunização do público de 10 e 11 anos em 22 cidades mineiras. Os municípios foram escolhidos por critérios estabelecidos pela pasta federal. Eles levam em conta a incidência da doença e a prevalência do tipo 2 do vírus.

Apesar disso, especialistas ressaltam que a vacinação é uma ferramenta importante para controlar a dengue no futuro. A limitação no número de doses disponíveis impede uma vacinação em massa. Com isso, os moradores devem permanecer atentos aos focos do mosquito e usar repelente. Vale lembrar que o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, se prolifera em água limpa parada.

Menor investimento dos últimos 3 anos em 2023

Os investimentos feitos pelo governo de Minas Gerais em ações contra as arboviroses (dengue, chikungunya e zika) em 2023 foram os menores na comparação com os investimentos dos últimos três anos. De acordo com dados do painel VigiMinas — Programa de Fortalecimento do Sistema Estadual de Vigilância em Saúde — no último ano, foram investidos R$ 64,4 milhões, quantidade inferior aos R$ 75,9 milhões de 2022 e aos R$ 123,2 milhões de 2021.

O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, no entanto, explica que o menor valor destinado às ações de enfrentamento às arboviroses no último ano ocorreu devido à quantidade de recursos "parados nos municípios", uma vez que a quantia repassada em 2021 não foi aplicada, já que a epidemia das doenças — prevista para o ano seguinte — não se confirmou.

"Esse tipo de investimento é feito de forma proporcional à expectativa de anos epidêmicos. A gente tinha a previsão de grande número de casos em 2022, por isso, uma maior quantidade foi investida em 2021, porém essa epidemia não ocorreu. O que temos hoje são recursos parados e, por isso, estamos orientando as regiões para aproveitar essa quantia da melhor maneira possível, freando o avanço da doença e garantindo assistência médica para evitar mortes", justificou o secretário.

Jovem tem corpo incendiado na BR-040

Uma jovem de 22 anos foi sequestrada durante o Carnaval e seu corpo foi encontrado incendiado às margens da BR-040, em Pedro Leopoldo, região metropolitana de Belo Horizonte. O sequestro resultou em uma tentativa de resgate, onde um homem exigia dinheiro da família da vítima, enquanto uma mulher fornecia sua conta bancária para o pagamento.

Após ser resgatada por um caminhoneiro e levada ao Hospital João XXIII com queimaduras graves, a jovem não resistiu aos ferimentos e faleceu. Durante o velório, familiares e amigos se despediram da vítima. Os suspeitos foram presos em flagrante em Venda Nova, com a mulher alegando ser coagida. A investigação continua para esclarecer todos os detalhes do crime.

Pai sequestra o próprio filho

Um bebê de 1 ano foi sequestrado pelo próprio pai e mantido em cativeiro por pouco mais de 24 horas, na região metropolitana de Belo Horizonte. O pai exigiu R$ 5 mil em um pagamento Pix para libertar a criança, após tê-la tirado da mãe em uma loja no centro da cidade, alegando que a levaria para outra loja próxima.

A Polícia Civil iniciou as buscas após a denúncia da mãe e encontrou o bebê sujo e com fome na casa de familiares do sequestrador. O homem foi preso e enfrentará acusações de extorsão mediante sequestro e descumprimento de medida protetiva, já que continuou em contato com a mãe do bebê apesar de uma ordem judicial de afastamento.

O caso revelou um relacionamento abusivo, no qual a mãe, de 19 anos, vivia sob ameaças e violência, sendo obrigada a permanecer com o agressor em um hotel, sob o risco de morte para ela e seus filhos.

Semana chuvosa

Belo Horizonte e região metropolitana tiveram uma semana chuvosa, em que o sol praticamente não "deu as caras", e temperaturas amenas. A partir deste sábado, no entanto, a região se prepara para um fim de semana de céu mais claro e temperaturas mais altas.

A nebulosidade vai diminuir em todo o estado, com chuvas concentradas em algumas áreas, enquanto domingo promete sol entre nuvens, sem previsão de chuvas para BH e região metropolitana. As temperaturas variarão entre 19 e 28ºC no sábado e entre 18 e 30ºC no domingo.

A próxima semana se apresenta mais estável, com clima agradável na maior parte do tempo, havendo apenas a possibilidade de instabilidade com a chegada de uma frente fria no final do próximo final de semana.

Carnaval de BH tem desafio de manter essência plural

O maior Carnaval da história de Belo Horizonte. A frase, que vem sendo usada ano a ano, há mais de uma década, para descrever a folia da capital mineira, também se aplica a 2024, indicando que a festa continua a crescer. Nesta edição, um investimento inédito do Executivo estadual, de R$ 8,5 milhões, melhorou a qualidade sonora de desfiles nas avenidas Amazonas e Andradas. Com a promessa de mais recursos para as próximas edições, especialistas alertam sobre o risco de a folia belo-horizontina se tornar elitizada e avaliam que os investimentos devem respeitar a essência da festa, que é descentralizada e plural.

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