Funcionárias da Escola Municipal Doutor João Pinheiro, em Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte, foram vítimas de ameaças. De acordo com o boletim de ocorrência, um homem ligou para a instituição de ensino e ameaçou três servidoras."Ele disse que irá acabar com todo mundo e que não adianta chamar a polícia", diz o documento.

O caso foi registrado na última segunda-feira (22). Segundo o boletim, o homem ligou no telefone fixo da unidade e disse que o filho estava sofrendo na escola. O documento não aponta em quais atos as crianças estariam sendo vítimas. A ligação foi atendida por duas profissionais que trabalham na unidade de ensino. O homem se apresentou como Getúlio e disse que também havia sido aluno na instituição.

Durante o atendimento telefônico, o homem afirmou que havia visto uma das servidoras saindo da escola. O boletim de ocorrência aponta que a profissional havia realmente saído da instituição no momento da ligação. "Funcionários e frequentadores da Escola Doutor João Pinheiro temem por suas integridades físicas pois, mediante as declarações do autor, concluiram que este homem está rondando a escola", diz o documento registrado por volta do meio-dia de segunda-feira. 

Após a denúncia, equipes da Polícia Militar estiveram no local. Os policiais fizeram o rastreamento da região e vistoriaram as dependências da escola. A unidade de ensino só foi reaberta após os trabalhos dos militares. O suspeito não foi localizado.

Em nota, a prefeitura de Caeté informou que não irá se manifestar sobre o caso. No entanto, pontuou que "todos os alunos da Rede Municipal de Ensino estudam com total segurança nas escolas municipais". A Prefeitura disse ainda que medidas de segurança como acesso restrito aos prédios tem sido adotadas nos últimos dias. A Polícia Civil de Minas Gerais informou que investiga o caso.

Recentemente, como mostrado por O Tempo, houve uma onda de ameaças em escolas públicas de Minas Gerais. Em alguns casos, como a promessa de chacina em escola na cidade de Aymorés, o medo fez que aulas fossem até suspensas. 

 Relembre alguns casos de ameaças em escolas

  • 22/2 - Um recado avisando sobre um suposto ataque foi deixado em um poste perto de escola no bairro Jaqueline, em Belo Horizonte
  • 6/4 - Ameaça de massacre é pichada em parede de banheiro do Colégio Magnum, no bairro Nova Floresta, na região Nordeste de Belo Horizonte
  • 29/4 - Postagem nas redes sociais prometia massacre na Escola Estadual José Pereira dos Santos, em Sarzedo: “Terá sangue”
  • 4/5 - Também na internet, uma postagem falava sobre massacre em escola de Passos; adolescentes acusados foram detidos
  • 4/5 - Na Escola Estadual Nilo Mauricio Trindade Figueiredo, em Lagoa Santa, uma frase com ameaça de massacre foi escrita em banheiro e mobilizou a Polícia Militar
  • 11/5 - Mensagem escrita em banheiro da Escola Estadual Pedro de Alcântara, em Varginha
  • 15/5 - Aulas são suspensas na Escola Estadual Frei Afonso Maria Jordá, em Aimorés, após possível massacre: “O negócio vai ficar doido”
  • 27/5 - Ameaça nas paredes do banheiro da Escola Estadual Victor Gonçalves de Souza, em Itaúna; uma bomba foi acionada na área externa da instituição
  • 1º/6 - Boato de ameaça em escola estadual no bairro Floramar, na região Norte de Belo Horizonte, se espalhou em grupos de alunos 
  • 13/6 - Escola Estadual Manoel Dias Corrêa, em Itatiaiuçu, teve policiamento reforçado após bilhete ser deixado em banheiro masculino  
  • 15/6 - Colégio Marista São José, em Montes Claros, teve massacre prometido
  • 28/6 - Duas ameaças de massacre são registradas na Escola Municipal Manoel Salvador de Oliveira, em Itabirito: “Banhada em morte”
  • 5/7 - Terceira ameaça é registrda na mesma escola de Itabirito, e investigação tenta identificar autoria