Medida protetiva

Fundação Torino suspende as aulas por causa da disseminação de Coronavírus

A escola ressalta que a medida é preventiva e que não nenhum caso confirmado ou suspeito de alunos ou no corpo docente da fundação

Por Natália Oliveira, Letícia Fontes e Pedro Ferreira
Publicado em 13 de março de 2020 | 16:49
 
 
 
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Por causa do Coronavírus, a Fundação Torino, escola internacional que tem uma unidade no Belvedere, região Centro-Sul de Belo Horizonte decidiu suspender as aulas, a partir da próxima terça-feira (17). A escola tem parceria com instituições italianas. A Itália é um dos países que tem mais casos da doença. 

Em um comunicado divulgado para os pais dos alunos a escola destaca que como se trata de uma unidade internacional e diante do decreto de situação de emergência em Minas, a instituição decidiu ser um momento apropriado para suspender as aulas e fechar a unidade. 

A suspensão será até o dia 30 de março. A escola ressaltou que a medida é preventiva e que não nenhum caso confirmado ou suspeito de alunos ou no corpo docente da fundação. 

A instituição afirma ainda que está trabalhando em um calendário para reposição de aulas sem que os alunos sejam prejudicados. 

"Por ser uma escola internacional e ter um perfil de público diferenciado das escolas tradicionais brasileiras, e considerando também a decretação de pandemia pela OMS e o estado de emergência pelo Governo do Estado, a Escola decidiu suspender as aulas e fechar temporariamente a instituição, a partir da próxima terça-feira, dia 17, retornando às suas atividades no dia 30 de março, podendo, este prazo, caso necessário, ser reavaliado", informou a escola por meio de nota. 

Preocupação. 

Pais de alunos da Fundação Torino aprovam a medida de suspensão das aulas por causa da ameaça do coronavírus. Para o médico do trabalho Gustavo Nicolai, que em um filho de 7 anos estudante na unidade da escola em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, trata-se de uma medida drástica, porém de grande importância para preservar a saúde das crianças, das famílias e dos funcionários da escola. 

“Precisamos levar em consideração que o coronavírus já é uma pandemia, que no Brasil já temos casos de contaminação dentro do país, e não necessariamente de viajantes. A fundação é uma escola internacional, pais de alunos moram no exterior ou viajam com frequência ao exterior, tem alunos que viajam ao exterior para fazer estágios, fazer acompanhamento, e com essa medida a clara intenção é mitigar uma possível contaminação dos alunos dentro da escola e das suas respectivas famílias”, disse o médico.

O médico lembra que várias outras escolas e universidades também estão suspendendo as aulas e empresas revendo as viagens dos funcionários, proibindo visitantes, tudo para contribuir com o que se espera de uma sociedade civilizada, segundo ele, que é mitigar ao máximo a doença. 

“Não queremos os nossos familiares doentes, principalmente os idosos que estão mais próximos da gente e que podem ser mais afetados pelo coronavírus”, disse Gustavo.

A advogada Raquel Mello tem dois filhos na Fundação Torino, uma menina de 11 anos e um menino de 8. “Acho que a escola já deveria ter tomado essa medida antes. Cheguei de viagem na quinta-feira e recebi um comunicado da escola dizendo que as aulas continuariam. Agora, recebi outro comunicado que que as aulas serão suspensas. Achei a providência excelente. Fico mais tranquila com os filhos e toda a minha família em segurança”, disse Raquel.

Escola americana

O surto de coronavírus não deve impactar o funcionamendo da Escola Americana de Belo Horizonte, localizada no bairro Buritis, na região Oeste da capital, por enquanto. A unidade, que possui mais de 400 alunos, informou acompanhar diariamente a situação da doença e afirmou estar adotando protocolo para a prevenção ao contágio do coronavírus entre alunos e funcionários.

"Estamos em contato direto com autoridades e por enquanto não existe um decreto orientando o fechamento de escolas. É um situação que estamos avaliando todos os dias, porque as coisas estão desenvolvendo muito rápido. Temos o nosso protocolo de higienização e não temos nenhum caso de aluno com suspeita da doença", afirmoub a diretora da instituição, Catarina Song Chen. 

Escola Canadense

A Maple Bear, rede de franquia com metodologia canadense de ensino bilíngue, no Santa Lúcia, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, também informou que não haverá suspensão preventiva de aulas. Segundo a instituição, qualquer mudança na grade de horário da unidade somente ocorrerá se houver confirmação de caso de coronavírus entre a comunidade escolar. 

A escola enfatizou ainda que todas as unidades da rede seguirão sempre todas as determinações oficiais, bem como orientações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde.

Santa Maria

O Colégio Santa Maria Minas também reforçou que não irá suspender as aulas em suas unidades no Estado. A instituição informou que tem orientado alunos e professores a redobrarem a atenção com os cuidados necessários, adotando as medidas de prevenção indicadas pelo Ministério da Saúde.

Os colégios da rede estão disponibilizando reservatórios com álcool em gel para que todos possam utilizar.

 

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