Pacientes internados em hospitais da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) em Belo Horizonte e que não estejam sendo tratados da Covid-19 serão transferidos para os hospitais Galba Velloso e Alberto Cavalcanti (HAC). A informação foi dada pelo presidente da Fhemig, Fábio Baccheretti Vitor, em uma reunião na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na tarde desta quarta-feira (13). 

O Galba Velloso receberá o maior volume desses leitos de retaguarda. O plano de criá-los, no entanto, prevê antes a abertura desses leitos para outras doenças no hospital Alberto Cavalcanti. Serão até dez vagas de CTI e até 20 de enfermaria no HAC. Os 200 lugares no Galba Velloso serão ativados quando 90% dos leitos no HAC estiverem ocupados.

Serão, conforme Baccheretti Vitor, 200 leitos de enfermaria no hospital psiquiátrico destinados a atender pacientes com HIV, doenças pulmonares ou clínicas que precisem de atendimento hospitalar e estejam internados nos hospitais Julia Kubitschek e João XXIII. Essas instituições terão leitos de enfermaria transformados em vagas para terapia intensiva, com o objetivo de atender a demanda dos pacientes com Covid-19.

Para o tratamento de pacientes psiquiátricos, vocação do Galba Velloso, Baccheretti Vitor informou ter proposto à Prefeitura a regulação dos pacientes de saúde mental para que haja uma fila única em todo o Estado. “Como não há muitos leitos especificamente psiquiátricos assim no país, essa regulação é pouco comum, mas a gente acha que é uma discussão fundamental e já está em curso com a prefeitura”, detalha.

Segundo a Fhemig, os pacientes originalmente internados no Galba serão transferidos de forma temporária para o Instituto Raul Soares, onde também passarão a atuar os profissionais que acompanham esses pacientes.

Segundo Vitor, o foco tem sido a ampliação de leitos de terapia intensiva, dada a característica da pandemia. “A gente tem visto em outros Estados que o que faz as mortes serem evitáveis são os leitos de terapia intensiva”, justifica.

O planejamento da Fhemig é que a rede contribua com 50% dos atendimentos para Covid-19 nos locais onde seus hospitais estão instalados. Para isso, em um primeiro momento, serão criados 302 leitos de terapia intensiva, que virão desses espaços, principalmente no Júlia Kubitschek. Na segunda fase, conforme explicou o presidente, está prevista a criação de mais 52 vagas para pacientes graves. No momento, a Fhemig tem 80 leitos de CTI em todo o Estado exclusivos para o atendimento da doença.