Um gerente da Caixa Econômica Federal acabou preso pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (16), em Minas Gerais, após uma longa investigação apontá-lo como suspeito de extorquir empresas privadas contratadas pelo banco para garantir a segurança das agências no estado. Além dele, dois empresários que estariam envolvidos no esquema também estão presos temporariamente.
Ainda em novembro, agentes já tinham cumprido mandados de busca e apreensão contra o funcionário em dois endereços de Belo Horizonte e um de Varginha, no Sul de Minas, como parte da primeira fase da operação "Saruman". No entanto, desta vez, o número de mandados subiu para 11. Nesta manhã, são cumpridos um na capital mineira, três em Varginha, um em Poços de Caldas, dois em Uberaba, dois em Goiânia (Goiás) e dois em Ribeirão Preto (São Paulo).
Barco comprado com propina
Uma embarcação luxuosa, imóveis e automóveis, todos registrados em nomes de familiares. Esses são apenas alguns dos bens comprados pelo gerente da Caixa com o dinheiro obtido no esquema, como aponta a investigação. Na tentativa de mascarar o crime, o homem teria usado o nome de terceiros para ocultar a origem ilícita dos objetos.
Os três investigados, gerente e empresários podem responder por corrupção ativa, corrupção passiva, concussão e associação criminosa. Se condenados, podem permanecer presos por até 38 anos.
A Caixa Econômica Federal declarou ter mantido colaboração com as autoridades policiais ao longo das investigações. "O banco esclarece também que já adotou todas as providências de abertura de processos disciplinares, apuração de responsabilidades e todas as medidas de consequência cabíveis", pontuou em nota.
Atualizada às 12h38.