Expominas

Governo de MG abrirá chamada para organizações gerenciarem hospital de campanha

Conforme previsões iniciais sobre a pandemia no Estado, unidade começaria a receber pacientes em junho

Por Da Redação
Publicado em 04 de junho de 2020 | 13:49
 
 
 
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O hospital de campanha montado no Expominas deveria começar a receber pacientes neste começo de junho, segundo as primeiras previsões da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). A segunda etapa das obras no hospital foram concluídas em meados de abril e, graças ao adiamento do pico da pandemia no Estado, de acordo com a SES-MG, ainda não é necessário enviar pacientes a ele.

Com isso, o governo do Minas Gerais vai abrir um chamamento público para Organizações Sociais (OS) sem fins lucrativos participarem de uma gestão compartilhada do hospital. A informação foi compartilhada pelo secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (4).

“Temos previsão de pico para meados de julho. Graças a Deus, isso nos deu uma folga para continuar tomando medidas cada vez mais sérias e adequadas no serviço público”, pontuou o secretário. Ele lembrou que foram gastos cerca de R$ 5 milhões da estruturação do hospital do Expominas, até então. O chamamento deve ser aberto na próxima semana, segundo a pasta informou, por meio de assessoria de imprensa. 

Para secretário, interiorização de casos no Estado facilita controle da pandemia

Diferente de Estados vizinhos, como São Paulo e Rio de Janeiro, em Minas não é a capital que concentra a maior parte dos casos de Covid-19. Segundo o secretário de Saúde, BH abrange 16% dos pacientes, tendo cerca de 12% da população do Estado. É um fenômeno que, na perpectiva dele, facilita o controle da pandemia. 

“Quanto mais dispersos os casos estiverem, maior a facilitação da estrutura de saúde pública para lidar com eles”, disse. Assim, ele informou, é possível traçar um plano de ação específico para cada macrorregião. 

Atualmente, as macrorregiões Centro Sul, Leste do Sul e Vale do Aço têm uma taxa de transmissão da doença maior que a média do Estado, o que pode significar mais casos de Covid-19 nessas áreas durante o pico da pandemia, explicou Amaral: “Mais do que pensar em quantos casos vão acontecer em algum tempo, a taxa sinalizar que precisamos ter atenção maior em algumas regiões e ações mais próximas”. Como tem sido constante nas coletivas de imprensa, ele reforçou a necessidade de os municípios mineiros aderirem ao Minas Consciente para controlarem a abertura de estabelecimentos durante a pandemia com padronização.

O secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, afirmou que “com certeza” regiões como o do Vale do Aço, onde cidades vizinhas adotaram medidas distintas de controle da pandemia, podem trazer efeitos negativos. Na região, a cidade de Ipatinga decidiu deixar todos os estabelecimentos que não cumpram serviços essenciais fechados, enquanto a vizinha Coronel Fabriciano tem promovido maior abertura. “A população de um pode se concentrar onde há segmentos abertos”, avaliou Passalio. 

Maioria dos surtos no Estado estão controlados, diz secretário

O secretário também reforçou que a maioria dos 14 surtos de Covid-19 registrados no Estado está "relativamente controlada", sem evidências de que possam se espalhar pelas cidades. Um surto da doença signfica rápido aumento do número de casos em determinado local, como uma empresa ou asilo. Questionada pela reportagem, a SES-MG ainda não respondeu em quais cidades os surtos ocorreram, quantas pessoas afetaram e quais já foram controlados ou estão ativos.   

De acordo com a pasta, como O TEMPO havia adiantado, foram registrados quatro surtos na macroregião Centro-Sul do Estado, três na Centro, três na Noroeste, um na Leste, um na Oeste, um na Sul e um no Vale do Aço, abrangendo 12 municípios, que a secretaria não especificou quais são.

Em coletiva de imprensa na quarta-feira (3), o chefe de gabinete da SES-MG, João Pinho, citou surtos nas cidades de Alvarenga, no Vale do Rio Doce, Barbacena, na Zona da Mata, e Brasília de Minas, na região Norte do Estado. 

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