A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) de Minas Gerais informou, em nota à reportagem de O TEMPO emitida nesta segunda-feira (10), que os prestadores de serviço de “passeios náuticos presentes” durante a tragédia em Capitólio, que deixou 10 mortos e 34 feridos, são “qualificados” e, as embarcações, “estavam homologadas para uso comercial”.
“A fiscalização náutica e monitoramento é também de responsabilidade da Marinha do Brasil, destacando o importante papel da Defesa Civil que alerta sobre adversidades climáticas”, pontua o texto. O governo do Estado, por meio da pasta, classificou o ocorrido como “tragédia” e afirmou que é algo “inédito e sem registros históricos de ocorrências similares”.
“O ordenamento marítimo no Lago de Furnas está a cargo da Marinha do Brasil, que está presente na região e já emitiu nota na qual afirma que vai instaurar inquérito para apurar as causas e circunstâncias do acidente. A fiscalização de cada atrativos turísticos dependem do responsável pela gestão de cada um desses destinos, conforme a esfera de competência, sejam elas municipal, estadual, federal ou privada”, conclui.
Polícia Civil instaurou inquérito
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da tragédia em Capitólio, que, nesse sábado (8), vitimou dez pessoas e deixou outras 34 feridas. A informação foi divulgada pelo delegado Marcos Pimenta, da regional da Delegacia em Passos nesta segunda-feira (10). Todas as vítimas estavam na embarcação “Jesus”, atingida pelo deslocamento da rocha, e foram identificadas no Instituto Médico Legal (IML).
“Em relação a uma obra do parque de lazer no cânion ter influenciado deslocamento da rocha, é muito prematuro afirmar qualquer tipo dessas ideias que estão circulando. Entretanto, a Polícia Civil não irá descartar nenhuma hipótese. Mas, com cautela, e a serenidade que o caso impõe, estamos ouvindo na data de hoje [segunda-feira], em três grupos distintos, no núcleo em Piumhi e no núcleo em Alpinópolis. Ambos estão colhendo informações do proprietário da lancha Jesus, que não estava na embarcação quando houve o choque”, pontuou Pimenta.
Testemunhas e pessoas que sofreram ferimentos leves também serão ouvidas pela instituição. O delegado detalhou, ainda, que um geólogo especialista auxilia no inquérito. No primeiro momento, frisou, a Polícia Civil “almeja dar conforto aos familiares”.
“Está previsto durante esta semana que uma equipe de delegados, investigadores e peritos criminais irem às imediações dos cânions com aeronaves, drones e embarcações. Nossa ideia, nosso objetivo, será estudar o local e averiguar se, nas imediações, também há outras pedras com essas características visando, juntamente com Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Marinha, e outros órgãos de fiscalização, a criação de uma saída para que outras pedras não consigam atingir aquela região, que é uma região rica do turismo e é um presente de Minas”, concluiu.