Após assembleia neste sábado (27), o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG) decidiu pela manutenção da greve por tempo indeterminado. Os trens continuarão funcionando com escala mínima de 60%, conforme estipulado na última quinta-feira (25) pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), sob pena de multa de R$ 35 mil por dia. A redução dos horários teve início hoje. Uma nova assembleia que tratá dos assuntos grevistas será realizada na próxima terça-feira (30).
A paralisação teve início na última quarta-feira (24) depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou as condições para a desestatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Belo Horizonte. Os trens deixaram de circular por dois dias, até a definição da escala mínima.
Tendo em vista a questão da privatização, o Sindmetro-MG pede algumas garantias para a CBTU com relação aos empregos dos atuais trabalhadores, como plano de carreira, condições para demissões, entre outras.
O projeto de privatização do metrô de BH prevê investimentos de R$ 3,8 bilhões para a estrutura atual e para a construção da linha 2, que atenderá à região do Barreiro. O governo federal será o principal responsável pelo aporte, com R$ 2,8 bilhões.
O governo de Minas vai arcar com R$ 430 milhões nesse mesmo projeto. Os recursos são fruto do acordo junto à Vale pela reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho. Os demais valores serão de responsabilidade da empresa que arrematar o metrô.