Cerca de 40 moradores de uma ocupação de Belo Horizonte fizeram um protesto na porta da prefeitura da capital na manhã desta terça-feira (30). Eles são contra uma possibilidade de despejo da ocupação Nelson Mandela, no Aglomerado da Serra, na região Centro-Sul de BH. A manifestação foi encerrada às 17h30.

Por meio de nota, o líder comunitário Frei Gilvander informou que o terreno ocupado, ao lado da avenida Cardoso, era usado antes para desova de corpos e estupros. Conforme ele, em fevereiro deste ano, a prefeitura ajuizou uma ação de reintegração de posse alegrando que a área é pública e será usada para a construção de um parque.

No último dia 19, o juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal ordenou o despejo das 50 famílias que vivem no terreno. Já no dia 23, um juiz de plantão ordenou a suspensão da ordem de despejo.

De acordo com a assessoria de imprensa da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), as famílias foram notificadas em fevereiro.

Ainda conforme a Urbel, a área ocupada pelas famílias fica em uma bacia de contenção e oferece risco aos manifestantes.

Depois da parecer favorável da Justiça, a reintegração de posse pode ser realizada a qualquer momento pela polícia.

O protesto na porta da prefeitura aconteceu de forma pacífica e nenhuma viatura do 1º Batalhão de Polícia Militar ainda foi deslocada para o local. Os manifestantes interditaram a avenida Afonso Pena, no sentido Mangabeiras, mas não houve grande congestionamento, já que o fluxo de veículos é menor, devido a proximidade com o feriado de ano novo.

Para a reportagem de O TEMPO, Frei Gilvander informou que o grupo não vai sair da porta da prefeitura enquanto não tiver uma reunião com representantes do órgão. Por sua vez, a Urbel informou que não recebeu nenhum pedido de encontro.

Atualizada às 17h43