No espaço de onde saem frutas, legumes, verduras e insumos agrícolas para toda a região metropolitana de Belo Horizonte, os serviços essenciais que não podem parar. E diante da necessidade dos cuidados para evitar a disseminação do coronavírus na Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa) em Contagem, a Guarda Civil da cidade e agentes da prefeitura realizam na manhã desta sexta-feira uma fiscalização sobre o cumprimento das regras de funcionamento.
De acordo com o comandante da corporação, Levy Sampaio, a ação será repetida nas próximas semanas, nas segundas, quartas e sextas-feiras. “Estamos monitorando o uso de máscaras por todos os comerciantes, produtores e feirantes, além de fazer a distribuição e oferecer álcool para quem passa pelo local”, explica. Ele lembra que iniciativa é preventiva e busca conscientizar as cerca de 50 mil pessoas que circulam diariamente pela Ceasa.
André Gonçalves, que trabalha no espaço há 25 anos, diz que a iniciativa é positiva, mas já deveria ter sido implantada há mais tempo. “Antes da chegada da fiscalização, via muita gente sem máscara. Tem pessoas que ainda não entenderam a gravidade do coronavírus. Pelo menos começaram e espero que todos tenham mais consciência”, conta.
Já Fernando Rodrigues, de 36 anos, aproveitou para pegar uma das máscaras distribuídas pela Guarda Civil e elogiou a atuação dos agentes. Ele trabalha como carregador e conta que, apesar da melhora da movimentação, as vendas chegaram a cair até 40%. “O pessoal que fazia bico aqui não consegue mais trabalho. E era muita gente que dependia disso. É importante essa ação para que o comércio possa voltar e as pessoas respeitem a necessidade do uso de máscara”, conta.
Também participaram da fiscalização os agentes do Movimento Contagem. Eles fizeram a entrega de panfletos informativos sobre o coronavírus, formas de contágio e a importância da prevenção, além de borrifar álcool nas mãos das pessoas. “Por conta da pandemia, fomos deslocados para trabalhar com as ações de combate à pandemia”, afirma o supervisor do projeto, Ronaldo Paulo.
Entrada restrita
Com a concentração de 525 lojas, além de 2.500 produtos rurais que vendem diariamente seus produtos no local, a aglomeração é quase inevitável na Ceasa. Mas, para evitar um número ainda maior de pessoas no local, a coordenação da Central tem restringido a entrada de pedestres. Conforme a estatal, há um controle para que só trabalhadores, compradores e comerciantes ligados à Ceasa tenham acesso.
Também não está permitida a entrada de adolescentes com menos de 14 anos e pessoas com mais de 60 anos, que fazem parte do grupo de risco.
Nos galpões e galerias da Ceasa, só podem funcionar empresas ligadas aos setores de hortifrutigranjeiros, abastecimento alimentar de pessoas e animais, bebidas, higiene e limpeza, farmácias/drogarias, fornecimento de insumos para produção agrícola, embalagens para produtos alimentícios, postos de combustíveis e agências bancárias para atendimento exclusivamente interno.