Uma mulher de 39 anos foi assassinada pelo marido, na noite desse domingo (24), no bairro Paulo VI, região Nordeste de Belo Horizonte. O homem ainda feriu a sogra, de 59, e o cunhado, de 34. O agressor, que tentou se matar, acabou preso.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, a mãe de Jacilene Maria da Silva Oliveira contou aos militares que a filha chegou em casa na companhia do marido, de 38 anos, e, por motivo não esclarecido, os dois começaram a discutir.
A mulher ouviu Jacilene dizer: "Não faça isso". Ao se dirigir ao cômodo em que o casal estava, a dona de casa viu a filha esfaqueada, dizendo que iria morrer e pedindo para que a mãe cuidasse da filha da vítima, uma criança de apenas 3 anos.
O suspeito estava perto da companheira com uma faca nas mãos. A mulher levou a filha para a sala e, nesse momento, foi atingida por uma facada pelo genro. O irmão de Jacilene tentou conter o cunhado, mas também foi atingido na barriga.
Não satisfeito, com a companheira ensanguentada e inconsciente no chão da sala, o homem esfaqueou a mulher mais vezes, se deitou ao lado dela e cortou os pulsos. Ele falou com a sogra que morreria junto com Jacilene e também pediu que a ela tomasse conta da filha do casal. A criança, que estava na casa, não se feriu.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e prestou socorro às vítimas. A sogra do criminoso foi medicada no local. Já Jacilene e o irmão foram encaminhados ao Hospital Risoleta Tolentino Neves. No entanto, a mulher não resistiu aos ferimentos. O homem, que teve uma lesão grave na barriga, passou por cirurgia e segue internado.
O agressor foi levado para a mesma unidade de atendimento e, a princípio, não corre risco de morte. A ocorrência foi encerrada na Delegacia de Plantão I (Deplan).
"Vovó, minha mãe está morta", disse criança
A filha do casal presenciou toda a ação do pai. “Ela disse para mim: ‘vovó, minha mãe está morta, né?!’. Hoje, minha neta foi para a escolinha e mostrou para a tia do coração como o pai atacou a mãe”, disse a avó, que pediu para não ter o nome divulgado.
Durante os ataques, com medo que a menina fosse atingida, ela conseguiu retirar a criança de casa. “Eu desci com ela, mas eu queria também ficar ao lado da minha filha na última hora. Mas eu não pensei que ela morrer, ela era muito forte, mas ele estragou ela mesmo. É muito ruim ver uma filha morrer. Agora vou cuidar da minha neta e estou esperando que Deus restaure a vida do meu filho. Eu preciso dele”, finalizou.
Atualizada às 15h15