Bairro Industrial

Homem é encontrado morto e amarrado dentro de casa em Contagem, ex é suspeita

Mulher teria chamado três homens para dar um susto na vítima após descobrir traição

Por Lucas Henrique Gomes
Publicado em 29 de junho de 2022 | 09:56
 
 
 
normal

Uma mulher de 29 anos e dois homens, de 20 e 24 anos, foram presos após matarem um homem de 36 anos no bairro Industrial, em Contagem, nessa terça-feira (28). O crime contou com a presença de mais um suspeito, de 20 anos, que não foi localizado. A mulher é ex-companheira da vítima e suspeita de ser a mandante do crime depois de descobrir que o parceiro a traiu com uma amiga dela.

A Polícia Militar foi acionada por um vizinho da vítima, que verificou que havia uma manta na concertina que divide os dois imóveis e que o portão da casa dele estava aberto, além de verificar que existiam dois homens na garagem da casa ao lado. Ele se trancou no banheiro e ligou para o 190 informando sobre o possível crime.

Quando a guarnição chegou ao  local, tentou chamar pelo morador, que não atendeu. Como o portão estava aberto e ciente da suspeita, a polícia entrou no imóvel onde teria ocorrido o crime. De imediato, já se depararam com objetos espelhados pelo interior do imóvel e já no quarto do primeiro andar encontraram o homem caído. A vítima estava de cabeça para baixo, com pés e mãos amarrados por um fio que seria da tomada do climatizador, além de estar só de cueca e com uma blusa tampando o rosto. Havia também um outro fio enrolado no pescoço.

No cômodo onde a vítima foi encontrada, havia um painel sem a televisão, que teria sido levada no crime. A perícia e o Samu constataram o óbito.

Com a identificação da vítima, a polícia realizou consultas que indicaram várias ocorrências entre ele e a ex-companheira, que mora no bairro Tirol. Os militares foram até a casa dela e a questionaram sobre o crime, quando ela se apresentou "apreensiva e exaltada". Na versão da mulher, ela informou que namorou com a vítima, que ele teria a traído com sua amiga. Na segunda-feira, ela foi na padaria em que ele é dono e combinaram de conversar na casa da mãe dele à noite, mas horas antes ele desmarcou o encontro. Ela ficou transtornada e , por volta de 22h sentou na praça na avenida Serrinha, bairro Mangueiras, chorando muito e um indivíduo se aproximou perguntando o que ocorreu. Ela relatou sobre a traição e contou que rotineiramente era agredida pelo autor. O individuo, segundo ela, se ofereceu pra "dar um susto" na vítima e pediu que ela voltasse à praça 0h. 

No horário marcado, ela foi à praça e não encontrou com o suposto homem, mas com outros três, que estavam a esperando. Todos embarcaram no veículo dela, um Jeep Renegade, e foram até a casa da vítima. 

Ela alega que os autores pularam o muro e ela ficou do lado de fora, quando 20 minutos depois um dos suspeitos saiu e ela foi embora com ele para a casa dela, onde dormiram juntos e ela foi acordada pela polícia, mas o suspeito já tinha ido embora. Ela mostrou, entretanto, fotos de quem seriam dois dos três homens que participaram do crime.

Esses dois mostrados são conhecidos por cometerem crimes na região do bairro Mangueiras. Ambos foram encontrados na avenida Serrinha. Um deles, o de 24 anos que dormiu com a mandante do crime, deu soco, chutes e mordeu os militares na tentativa de fuga. Já detido, ele contou que a mulher se aproximou dele e dos colegas pedindo para darem um "susto" no namorado e que no imóvel tinha coisas de valor, como dinheiro, joia e carro de luxo. Eles entraram no carro dela quando, por volta de 23h30 de segunda, chegaram ao imóvel da vítima. Eles rodaram por cerca de quatro horas no entorno, quando decidiram pular o muro. Ele ainda alega que a mulher esteve na cena do crime e chutou o rosto da vítima já desacordada e amarrada. Após o homicídio, eles levaram a televisão, roupas, perfume e uma sacola com objetos de valor e colocou em um Hyundai Creta, da vítima, momento em que os outros dois homens fugiram no carro e ele foi para a casa da mulher.

O outro homem abordado confirmou a versão. Quando viu a polícia, ele parou um carro que passava pela avenida para tentar fugir, mas o motorista não o conhecia e parou o carro. A televisão foi encontrada na casa desse suspeito, que informou a polícia onde o outro comparsa morava. No endereço passado, a polícia não encontrou o jovem de 20 anos, mas a companheira dele entregou aos policiais a tornozeleira eletrônica que o suspeito usava e a violou.

Esse suspeito ainda não foi localizado pela polícia.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!