Depoimento

“Homem muito bom, pai apaixonado”, diz amiga de sargento baleado em BH

Roger Dias atuava na Polícia Militar há cerca de 10 anos e tinha uma filha recém-nascida

Por Juliana Siqueira e Bruno Daniel
Publicado em 09 de janeiro de 2024 | 16:55
 
 
 
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Um homem muito bom, apaixonado pela filha e pela esposa. É assim que a microempreendedora Ana Carolina Viana, de 30 anos, descreve o amigo de infância, o sargento da Polícia Militar Roger Dias de Cunha, de 29 anos, baleado na cabeça durante perseguição policial no bairro Novo Aarão Reis, na região Norte de Belo Horizonte, na noite da última sexta-feira (5 de janeiro). Ele está sendo sepultado nesta terça-feira (9 de janeiro) na capital mineira. Roger atuava na Polícia Militar há cerca de 10 anos e tinha uma filha recém-nascida.

O velório reuniu diversos familiares, amigos e policiais militares para prestarem uma última homenagem a Roger. Ana Carolina lembrou que o homem “era tudo para a mãe dele”. Ele, que teve os órgãos doados, também era uma pessoa muito generosa, segundo ela. “Desde sempre, ele quis doar órgãos. Bom saber que serviu a todo mundo mesmo depois da morte”, falou ela.

Ana Carolina ainda relatou o que Roger dizia sobre a atuação dele como policial. “Sempre deixou claro que nunca atiraria em um homem ou em um bandido se realmente não tivesse um perigo iminente. E foi isso o que ele fez”, diz. 

O caso

O militar foi atingido por disparos à queima-roupa na noite de sexta-feira (5), quando guarnições do 13º Batalhão perseguiam dois suspeitos na Avenida Risoleta Neves. Em dado momento, o motorista teria perdido o controle da direção e batido contra um poste. Após o acidente, os suspeitos desceram do carro e continuaram a fuga a pé.

Um deles foi alcançado por um sargento. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o militar se aproxima do homem e dá ordem de parada, mas é surpreendido pelo criminoso, que saca uma arma e atira à queima-roupa contra o policial. 

O militar foi socorrido por colegas para o Hospital Risoleta Tolentino Neves, em Venda Nova, mas dada a complexidade do caso, foi encaminhado ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, e não resistiu aos ferimentos.

 

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