Assistência

Hospital de campanha em BH ainda não têm previsão de abertura

Segundo o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, inauguração só acontecerá em caso de necessidade

Por Daniele Franco
Publicado em 15 de junho de 2020 | 13:34
 
 
 
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Mesmo com dados indicando ocupação máxima de leitos em algumas regiões do Estado, o secretário de Estado de Saúde de Minas, Carlos Eduardo Amaral, afirmou nesta segunda-feira (15) que o hospital de campanha montado em Belo Horizonte só será inaugurado após a habilitação de leitos em hospitais convencionais. "Daremos preferência para leitos mais fáceis de abrir, já com estrutura montada, e em um segundo momento é que pensaremos na inauguração de hospitais de campanha", justificou.

A ocupação de leitos em Minas nesta segunda é de 72% para leitos de terapia intensiva. As regiões do Vale do Aço, Nordeste e Triângulo Norte são as que apresentam as maiores taxas de ocupação, conforme dados da própria secretaria.

Na última sexta-feira (12), o secretário municipal de saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado, afirmou ter conversado com Amaral para pedir celeridade no processo de inauguração dos leitos emergenciais no Expominas, visto que, sem esses lugares, a vinda de pacientes do interior poderia sobrecarregar o sistema municipal.

O secretário de Estado confirmou a conversa e afirmou que tentará uma reunião entre as equipes técnicas de ambas as pastas para avaliar a situação tanto da capital quanto do Estado e entender o que será necessário. A previsão de abertura, segundo ele, depende da reestruturação do sistema de saúde e só ocorrerá se houver necessidade. Nas palavras do titular da pasta, "Deus queira que não aconteça".

Antes da inauguração, os hospitais de campanha precisam ser equipados com profissionais, segundo explicou Amaral. A proposta é que uma organização social cuide dessa gestão e seja responsável pela contratação de recursos humanos.

Isolamento

Amaral voltou a chamar a atenção para a importância do isolamento social como medida de prevenção contra o novo coronavírus. "Estamos nos esforçando para ampliar leitos e aumentar o número de respiradores, e essa ampliação é um esforço para melhorar a assistência, mas se não houver isolamento, não há assistência que aguente", afirmou.

Minas Gerais tem, hoje, 21.728 casos e 481 óbitos confirmados pela Covid-19 e vê a velocidade de transmissão avançando, enquanto a taxa de isolamento diminui. "Vi varias vezes nesse fim de semana pessoas andando sem máscara, entrando em lojas sem máscara. Precisamos tomar os cuidados de higiene, usar a proteção, porque é isso que vai trazer o contorle da pandemia", alertou o secretário.

Marcelo Cabral, subsecretário de Saúde, reiterou a importância do distanciamento social e afirmou que as conversas que a pasta tem tido com prefeituras do interior no sentido de fortalecer a adesão ao isolamento têm surtido efeito na velocidade de transmissão nos locais. "Se não nos esforçarmos em manter cuidados com isolamento, higiene, máscaras, os esforços acabarão por quase não serem capazeses de coincidir com o que entendemos como ideal", declarou.

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