Pior epidemia da história

Hospital Júlia Kubitschek terá atendimento 24h para casos suspeitos de dengue

A unidade de reidratação do hospital foi inaugurada no dia 2 de fevereiro deste ano e, agora, terá o funcionamento ampliado para todo o dia

Por Raíssa Oliveira
Publicado em 16 de fevereiro de 2024 | 13:01
 
 
 
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O Hospital Júlia Kubitschek, no bairro Milionários, na região do Barreiro, vai ampliar o atendimento na unidade de hidratação para atender pacientes com sintomas de dengue. A unidade, inaugurada no início do mês, passará a funcionar por 24h em todos os dias da semana. A novidade foi anunciada pelo Secretário de Estado de Saúde, Fábio Bacchretti, nesta sexta-feira (16 de fevereiro). A medida ocorre em meio à alta de casos de arboviroses em Minas Gerais, que registra média de 1.400 mil casos confirmados por dia. Durante coletiva, o secretário também admitiu que o Estado enfrenta sua "pior epidemia de dengue da história".

“Conversei ontem com o secretário municipal de saúde BH, Danilo Borges, sobre a necessidade de abrir novos locais de atendimento. Por isso me comprometi em aumentar o atendimento no Júlia para 24h. Vamos também abrir novos leitos de internação”, afirmou Baccheretti.

A medida é anunciada em meio a alta de casos de dengue no Estado. Para o secretário, Belo Horizonte vive o pico da onda, com números jamais vistos. A expectativa é que a alta demanda de atendimentos persista nas próximas três semanas. “Temos uma explosão de casos nunca vivenciada no sistema de saúde, nosso foco é evitar mortes. A medida é para garantir que o paciente seja internado em um hospital especializado que vai garantir que ele não venha a óbito”, pontuou.

Baccheretti ressalta que a região de Venda Nova e do Barreiro possuem o maior volume de buscas por atendimento. As administrações municipal e estadual estudam agora a possibilidade de abertura de atendimento em outros locais.

“Estamos conversando para, juntos, abrirmos mais atendimento. Nunca tivemos tantos casos, BH vive seu pico epidêmico, temos uma espera grande nos hospitais, mas temos que reforçar que o número de letalidade está menor. Isso mostra que nossas ações de capacitação de profissionais de saúde está dando certo”, garante.

Conforme o painel de monitoramento da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), são 18 mortes e 67.592 casos confirmados da doença. Outros 194.801 casos e 105 óbitos estão em investigação. Minas também tem uma morte e 15.727 casos de chikungunya confirmados. O estado investiga 16 óbitos e 23.628 casos da doença. O painel mostra ainda um caso confirmado de zika e 22 prováveis.

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