Uma sala de hidratação para atender pacientes diagnosticados com dengue, chikungunya e zika foi aberta nesta sexta-feira (2 de fevereiro) no hospital Júlia Kubitschek, na região do Barreiro, em Belo Horizonte. A unidade possui capacidade para atender até 300 pessoas por dia. Essa é mais uma ação de enfrentamento às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, que colocaram Minas Gerais em estado de emergência.
"Estamos em um nível de casos que a abertura dessa unidade de reidratação volêmica é necessária. Nela, o paciente, logo ao chegar, recebe um copo para começar a hidratação oral. Dependendo da classificação de gravidade, se é dengue A, B, C ou D, ele é encaminhado para a hidratação venosa. A partir disso, ele pode ter alta ou dependendo da gravidade é encaminhado para os leitos de enfermaria ou da CTI", explicou o secretário estadual de saúde, Fábio Baccheretti. Os pacientes são hospitalizados na unidade do Júlia Kubitschek, que dispõe de 12 leitos de enfermaria e 30 de CTI.
Funcionamento
A sala de hidratação funciona das 7h às 17h. O espaço é estruturado com 21 caseiras para hidratação venosa e 30 para a oral. Pacientes podem buscar a unidade ou serem encaminhados pelas equipes médicas quando for necessária a reposição hídrica.
"Este modelo é o que a gente considera ideal, organizado por níveis de gravidade, e será replicado em todo o Estado. Um hospital em Juiz de Fora, na Zona da Mata), que também é retaguarda à dengue, tambem estamos com recursos financeiros de R$130 milhões, além da capacitação das equipes. Com isso, a gente espera que esse modelo seja replicado e não tenhamos tantas mortes históricas de dengue e chikungnya", acrescentou.
Situação de emergência
Desde 27 de janeiro, Minas Gerais está em situação de emergência por causa da dengue e da chikungunya. Cinco pessoas morreram por causa da dengue no Estado. Belo Horizonte ainda não decretou situação de emergência por causa dessas doenças. No entanto, adotou um plano de emergência para garantir atendimento aos pacientes e evitar novos focos de proliferação do mosquito transmissor.
"Ano passado, quando a gente não falava de dengue, tivemos quase 400 mil casos, e este ano, a gente só fala disso. Há uma expectativa de mais de 800 mil casos em Minas. Essas ações, de prevenção e também de assistência de saúde, são fundamentais e a gente conta com o apoio da população para não deixar os focos dentro de casa. Sobre as mortes, queremos o menor número possível, a menor letalidade da nossa história. Nosso foco, que inclui esta ação, é para evitar mortes, não perdermos pessoas por causa de dengue. Teremos mortes, estamos tendo, mas queremos que esse número seja o menor possível em nosso estado", afirmou o secretário.
Ações da Prefeitura de BH
Além desta unidade de atendimento exclusivo ao tratamento de pacientes com arboviroses, a prefeitura de Belo Horizonte também abriu outro espaço semelhante na região Centro-Sul. A unidade começou a funcionar na quinta-feira (1° de fevereiro). Neste sábado (3), será feita a inauguração similar em Venda Nova.