Relatório final

IML de BH fará exames complementares sobre acidente com Marília Mendonça

Além da análise de tecidos e fluídos dos corpos das vítimas, também será feito o exame toxicológico

Por Bruno Menezes
Publicado em 07 de novembro de 2021 | 15:23
 
 
 
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O Instituto Médico-Legal de Belo Horizonte (IML) vai realizar exames complementares para o relatório final que vai apontar as causas da morte da cantora Marília Mendonça e de outras quatro vítimas da queda do avião em Piedade de Caratinga, na região do Rio Doce, na última sexta-feira (5).

Em coletiva de imprensa nesse domingo (7), o assessor do IML, José Roberto Rezende, informou que serão feitos exames anátomo patológicos, onde há a examinação de tecidos de órgãos dos corpos das vítimas, além de exame toxicológico, praxe em acidentes. 

“Alguns exames são necessários para a conclusão dos relatórios periciais. Eles foram enviados para Belo Horizonte onde nós temos toda a preparação e recursos tecnológicos para dar resposta em nível científico. Fluídos, sangue, urina e outras secreções vieram para Belo Horizonte”, disse.

De acordo com a médica legista do IML, Vanessa Marinho, no exame anátomo patológico é possível apontar se as vítimas tinham alguma cardiopatia ou sofreram algum mal súbito antes da queda do avião. 

“A ideia é subsidiar o relatório, caso haja alguma outra alteração ou enfermidade. Uma cardiopatia, uma infecção, algum acidente vascular cerebral também pode ser detectado no exames que são parte do processo investigativo”, explicou.

Na prática, órgãos e tecidos de todas as vítimas são analisados em formato macro e microscópicos. “Nós vemos detalhes de tecidos, de células, que podem colaborar com os achados iniciais detectados pelos médicos legistas”, informou a médica. 

O exame toxicológico vai examinar se alguma das vítimas teria feito o uso de drogas antes da queda da aeronave.

"Em todos os casos de acidente são feitos exames toxicológicos. O exame toxicológico além de poder dar a causa da morte em caso, por exemplo, de overdose, ele pode ajudar em cisrcunstâncias da morte. Exemplo, em um acidente de trânsito a gente quer saber, mesmo que a vítima tenha morrido de politraumatismo, se ela estava sob efeito de uma substância psicotrópica. Então ele serve para ajudar a interpretar as circunstâncias da morte",  apontou o perito criminal e toxicologista do IML de Belo Horizonte, Sandro Chaves. 

A expectativa é de que os exames fiquem prontos em até 15 dias. Eles serão enviados para os médicos legistas de Caratinga e em até 30 dias o relatório final deverá ser conhecido. 

 

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