A Polícia Civil vai investigar as causas de um incêndio que destruiu vários estandes de produtos variados no Shopping Barro Preto, na entrada pela rua Araguari, no Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte.

O fogo começou por volta das 9h30 desta quinta-feira (3), em um quiosque de panos de prato, e se alastrou rapidamente pelo térreo. Os bombeiros foram acionados e conseguiram evitar que o fogo atingisse o pavimento de cima. A Defesa Civil interditou o local.

Por volta das 11h, os 36 militares empenhados na ação conseguiram apagar o incêndio, com apoio de nove viaturas. Foram gastos mil litros de água. Até o início da tarde, os bombeiros ainda estavam no prédio fazendo o rescaldo. A perícia da Polícia Civil era aguardada para começar o trabalho que vai identificar as causas do incêndio.

A gerente do shopping, Andreia Morato, informou que o estande de pano de prato, onde o fogo começou, estava fechado na hora do incêndio. “Não sabemos o que que provocou o incêndio. Só se a dona deixou algo ligado. Quando a gente viu o fogo, as chamas já estavam altas”, disse ela. Segundo os bombeiros, o cheiro de fumaça é forte e o shopping deverá permanecer fechado até amanhã.

Andreia Morato informou que são mais de 100 estandes no shopping, mas não soube informar quantos foram destruídos. “O shopping está com tudo em dia, com extintores todos verificados, regulamentação do Corpo de Bombeiros, tudo certinho”, garantiu a gerente.

A orientação dos bombeiros, segundo ela, é manter o shopping fechado, devido à fumaça tóxica, e uma nova avaliação deverá feita nesta sexta-feira.

O aspirante do Corpo de Bombeiros, Robson Aparecido Jorge, conta que precisaram retirar os curiosos do local e fechar o quarteirão da Araguari entre avenida Augusto de Lima e Goitacazes. Às 13h, uma faixa foi liberada para o trânsito.

Os bombeiros desligaram a central de gás e a subestação de energia elétrica para garantir a segurança deles durante o trabalho de combate ao fogo e rescaldo. “Achamos três focos de incêndio, que foram debelados”, informou o aspirante Robson. “A causa, somente a perícia técnica pode apurar”, reforçou.

Correria 

De acordo com donos e funcionários dos estandes, o shopping tinha acabado de ser aberto quando o fogo começou e não havia muitos clientes. Mesmo assim, houve correria e pânico.

Patrícia Evangelista, de 49 anos, é dona de loja no shopping e conta que tinha acabado de chegar ao local. “Eu estava no banheiro e escutei o pessoal gritando. Fiquei meio sem entender o que estava acontecendo. Voltei pelo mesmo lugar que eu entrei, pela rua Mato Grosso. Foi a conta de descer e já estava pegando fogo em tudo”, disse Patrícia. “O pessoal foi avisando e todo mundo desceu correndo pela outra entrada da Mato Grosso”, afirmou.

O prédio tem três andares de quiosques e três de estacionamento. Algumas lojas da rua Araguari, onde houve o incêndio, ficam no subsolo. “Tem escada rolante e escada normal. Deu tempo de todo mundo correr. Ainda bem que não usei o elevador”, contou Patrícia.

Outra lojista, Cássia Araújo Carvalho, 54, disse que tinha acabado de abrir o quiosque e sentiu um cheiro forte de fumaça. “Quando olhei para trás, já tinha labareda. Não nem para usar extintor. Como foi no fundo, todo mundo correu para fora”, disse ela. “A fumaça preta e tóxica tomou conta da rua toda. Ficou tudo escuro”, comentou.

Cássia lamenta o prejuízo, lembrando que os bombeiros tiveram que quebrar toda a vidraça da frente do shopping para a fumaça tóxica sair. “Todas as placas foram destruídas. As portas derreteram, o ar-condicionado pegou fogo. Então, provavelmente toda a mercadoria, que é infamável, foi embora”, lamentou a vendedora de calçados, ressaltando que o shopping é bem cauteloso com a questão de segurança.

Os bombeiros ainda não apuraram se o shopping está em dia com os planos de segurança da corporação.